Postado por INEST em 08/set/2023 -
Será realizado entre os dias 26 e 28 de setembro a décima edição do X Simpósio de História Global e Relações Internacionais. A temática aborda a Política Internacional Sul-americana no Século XIX. Organizado pelos professores Gabriel Passetti (coordenador-geral), Adriano de Freixo, Roberto Moll, Thiago Rodrigues e Eduardo Heleno, docentes do PPGEST-UFF, o evento conta com apoio da CAPES, do CNPQ e da FAPERJ e terá a participação de pesquisadores do Brasil e da América do Sul. As inscrições podem ser feitas no site https://www.eventosdoinest.org
A programação contará com as seguintes exposições:
26 de Setembro
Conferência de abertura: “La diplomacia informal después de
las independencias, líneas para una agenda de investigación”
Coordenação: Prof. Dr. Vagner Camilo Alves (Diretor do INEST-UFF)
16h – Mesa 01: Diplomacias e sistemas internacionais
Coordenação: Prof. Dr. Fernando Roberto de Freitas Almeida (INEST-UFF)
Os diplomatas do Império do Brasil na América do Sul: trajetórias, redes e dilema
Ordered anarchy: the origins and early evolution of international society in
South America, 1864–1948
A formação dos Estados Nacionais e o espaço platino no século XIX:
desafios históricos e conceituais
27 de setembro
Coordenação: Prof. Dr. Roberto Moll (UFF)
Las ciudades invisibles: bonos de deuda municipal latinoamericana en los
mercados internacionales 1887-1929
Relações econômicas Brasil-Império Otomano
A presença britânica no Império brasileiro: o caso da firma comercial
Edward Johnston & Co. no Rio de Janeiro, c.1842-c.1852
16h – Conferência Intermediária – Pueblos sin Estado y Estados sin pueblos:
relaciones de frontera en América del Sur (1870s-1930s)
Prof. Dr. Alberto Harambour-Ross (Universidade Austral de Chile)
Coordenação: Prof. Dr. Gabriel Passetti (INEST-UFF)
Lançamento de livros
GUIMARÃES, Carlos Gabriel. A presença britânica no Império do Brasil:
o caso da firma Edward Johston & Co. no Rio de Janeiro, c. 1842-c.1852. São Paulo: Hucitec, 2023.
MIRANDA, José Augusto Ribas. Os Bons Devedores: Brasil e Peru na formação do mercado global de capitais 1850-1880. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2023.
28 de setembro
Coordenação: Prof. Dr. Adriano de Freixo (INEST-UFF)
Escrita da história, diplomacia e sujeitos históricos e diplomáticos no Brasil
e no Prata em meados do século XIX
Alberdi e o Império do Brasil nos escritos do ciclo da Guerra do
Paraguai (anos 1860)
Os congressos científicos panamericanos e as origens da diplomacia
cultural no Cone Sul
16h – Conferência de Encerramento: Embajadoras culturales. Mujeres latinoamericanas y
vida diplomática en el largo siglo XIX
Coordenação: Profª. Drª. Andrea Osório (INEST-UFF)
Postado por INEST em 18/ago/2023 -
Alunos do Curso de Relações Internacionais do INEST-UFF participaram da décima Simulação da União Europeia no Brasil. O evento, que contou com a participação de instituições de ensino superior de todo o país, é promovido pela União Europeia.
Este ano, foi realizado entre os dias 29 e 30 de julho, em formato presencial e remoto. No primeiro dia, a abertura, de forma remota, mobilizou acadêmicos de vários cursos no país, e teve a fala inicial do embaixador da União Europeia no Brasil, o diplomata Ignacio Ibañez Rubio. As demais sessões, em formato presencial, abordaram temas coligados à migração no continente europeu. A palestra inaugural para a graduação coube à professora Érika Kubik, que ministrou um detalhamento comparativo das decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre asilo, refúgio e migração.
A Simulação da UFF teve a direção-geral do aluno Amadu Djau, e a coordenação das alunas Leticia Perim Vervloet e Dayara Barreto, todos do INEST. Além deles, alunos do INEST e de outras universidades do Rio estiveram presentes ao evento.
Ao final dos dois dias, as melhores exposições foram premiadas: os alunos Eduardo El-Hader Fantini (delegação da Portugal), Fellipe Zanoi Stortti (Malta), Pietra Santos Varella ( Espanha) e Ana Giulia Ricciardi Algeire (Estônia).
Os professores Fernando Roberto e Eduardo Heleno acompanharam toda a Simulação.
Postado por INEST em 29/maio/2023 -
O INEST recebe nesta terça, 30 de maio, o arquiteto Hayato Fujii, gerente geral da Kengo Kuma and Associates, do Japão.
Ele profere palestra sobre os elementos da arquitetura japonesa.
Postado por INEST em 28/nov/2018 -
O INEST vai receber o cientista político e internacionalista Marcelo Gullo. Ele vem ao Brasil lançar o livro “Relações Internacionais, uma teoria crítica a partir da periferia sul-americana”.
Para o professor Eurico de Lima Figueiredo, que escreve o prefácio da obra, “este livro de Marcelo Gullo contém, sintetiza e organiza sua proposta de uma teoria das relações internacionais a partir de um novo olhar: uma teoria insubordinada que se recusa a entender a região com a perspectiva do centro hegemônico. Resulta dos esforços de um homem e de uma obra que, baseado no saber cientifico, com rigor, descortina, com amplo domínio crítico dos saberes de sua área, original releitura dos internacionalistas do mundo central. Ainda segundo Figueiredo, sua perspectiva teórica vem de dentro de nossas mazelas, erros e descaminhos. Mas ela é também altiva e generosa. Supõe a dignidade dos povos da América latina no chamado ‘concerto das nações’”. Segundo o professor Amado Cervo, que apresenta a obra, Marcelo Gullo ‘parece ter atingido a maturidade que só os homens de experiência possuem para realizar sínteses complexas’.
Professor da Universidade Nacional de Lanús e da Escola Superior de Guerra da Argentina, Gullo é assessor internacional da Federação Latino-americana de Trabalhadores da Educação e da Cultura (Flatec) e pesquisador associado ao INEST.
As inscrições para a palestra de lançamento podem ser feitas aqui https://goo.gl/forms/gTWMTozAi2p2Qliu2
Postado por INEST em 12/jul/2018 -
A mestranda Gabriele Molina Hernandez, do PPGEST, viajou recentemente para a base chilena Eduardo Frei Montalva, localizada na Antártida. A base funciona desde 1969 e serve não somente para pesquisas quanto para conexão com outras bases antárticas, sendo a mais importante do Chile no continente. Durante o inverno, a temperatura mínima histórica para o mês de junho registrada no local foi de 24,2 graus Celsius negativos ,e devido à inclinação do eixo da terra, há poucas horas de incidência de luz solar.
A pesquisadora, que está preparando trabalho sobre o PROANTAR- Programa Antártico Brasileiro, pode ao longo da visita realizar entrevistas e observar in loco o trabalho das equipes que se revezam na região.
Postado por INEST em 30/jun/2018 -
O Programa de Pós Graduação em Estudos Estratégicos recebeu no dia 28 de junho a visita do professor Rob Walker, um dos mais renomados teóricos contemporâneos das Relações Internacionais. O docente da Victoria University, que estava no Brasil cumprindo extensa agenda acadêmica, aceitou o convite do coordenador do PPGEST, prof. Thiago Rodrigues, para dar palestra especial na disciplina Teoria e Análise de Relações Internacionais da Defesa e da Segurança I. O tema escolhido foi com base em seu livro “Inside/Outside: International Relations as Political Theory”.
Postado por INEST em 27/nov/2017 -
Os professores Eurico de Lima Figueiredo e Vitelio Brustolin participaram de importantes eventos internacionais na Flórida. Ambos buscaram a consolidação do NUEST, Núcleo de Estudos sobre os Estados Unidos, que vai possibilitar o intercâmbio de alunos e professores entre o INEST/UFF e a Florida Atlantic University. Acompanhe abaixo as agendas e eventos dos quais ambos participaram:
Postado por INEST em 08/jun/2017 -
O INEST tem estabelecido pontes de cooperação com diversas instituições estrangeiras.
Isso tem ocorrido tanto no plano docente como no plano discente.
No plano docente, ressalta-se a cooperação com a Universidade de Uppsala, Suécia. O Professor Emérito Evert Vedung já veio ao Brasil na qualidade de visitante, patrocinado pela UFF e pela FAPERJ, para lecionar curso de extensão de Avaliação de Políticas Públicas na área de Estudos Estratégicos. Em contrapartida, o professor Luiz Pedone, do INEST, em dois anos consecutivos, 2013 e 2014, financiado pela CAPES e pela UFF, viajou como pesquisador visitante para aquela referida universidade.
O Professor Doutor Zhou Zhiwei, da Academia de Ciências Sociais de Pequim, veio para o INEST com bolsa da Fundação Ford para pós-doutorado, nos anos de 2011 e 2012. Na oportunidade, ele ofereceu o mini-curso de extensão sobre os grandes desafios da China.
O Professor Doutor Germán Flávio Soprano, pesquisador da Universidade de Quilmes e do CONyCET, passou uma semana proferindo palestra sobre Defesa e Segurança Internacional, tendo em vista o caso argentino.
O professor Vitelio Brustolin possui Pós-doutorado pela Harvard University, onde também é Research Scientist. É Fellow e Researcher PhD na Harvard Law School (Direito) e no Harvard Department of the History of Science (História da Ciência); Professor Adjunto da Columbia University, na School of International and Public Affairs.
No momento, o INEST está estabelecendo projetos de intercâmbios com acadêmicos de instituições universitárias da Argentina, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Suécia.
No plano discente, o curso de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PGGEST), tem recebido alunos da Argentina, França, Romênia, Uruguai e Moçambique – este último através de acordo de cooperação internacional.
Na graduação, os discentes têm participado de intercambio em vários países.
Postado por INEST em 26/jan/2017 -
No dia 23 de janeiro, o prof. Emérito Eurico de Lima Figueiredo (foto), diretor do INEST, realizou palestra na Florida Atlantic University (FAU). A apresentação teve como título Brazil: Past, Present and Future, descortinando o período compreendido entre 1930 e os dias de hoje, identificando cenários alternativos para o desenvolvimento do país até 2030. No dia anterior o professor participou de almoço com docentes do colegiado da universidade no restaurante dos docentes da universidade, seguida por reunião com a Chefe do Departamento de Ciência Política, Dra. Aimé Arias, o Dr. Steven Roper (Diretor Executivo, Peace, Justice and Human Rights Initiative) e o Dr. Aloysio Vasconcellos, (Presidente, Brazil International Foundation). Os entendimentos visaram o estabelecimento de um Centro de Estudos Brasileiros na FAU e um Centro de Estudos Estadunidenses, no INEST. A FAU, com 25 mil alunos, é uma universidade estatal que fica próxima ao condado de Broward, local com a maior concentração de brasileiros nos Estados Unidos.
Postado por INEST em 26/out/2016 -
Saiba como foi o III Encontro Brasileiro de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais
O III EBERI, realizado entre os dias 17 e 20 de outubro, reuniu pesquisadores de universidades, academias e escolas de altos estudos militares do Brasil e do exterior. Separamos os destaques do evento.
No dia 17
O diretor do Instituto Pandiá Calógeras, Demétrio de Oliveira, participou da abertura do III EBERI. Sua exposição teve como tema as ações afirmativas para uma Política de Defesa Nacional. Em sua fala, Oliveira destacou mudanças no ministério da Defesa em especial a criação do Instituto Brasileiro de Estudos de Defesa — Pandiá Calógeras. Assinalou, entre outras ações afirmativas, a criação da carreira de analista de Defesa no ministério e a formação de um Programa e Pós-Graduação em Economia da Defesa, com cursos de mestrado e doutorado, a serem realizados por meio de uma parceria entre o Instituto e a Universidade de Brasília. Além disso, fez referência a realização de seminários em todo o Brasil sobre temas de Estudos Estratégicos em cooperação com entidades acadêmicas e outros setores da sociedade civil, já a partir do fim deste ano.
Demétrio Oliveira e a aluna Daiane Letícia
A palestra de abertura do EBERI foi proferida pelo professor Eliézer Rizzo de Oliveira, da UNICAMP. Sua exposição apresentou os Desafios Atuais em Segurança e Defesa Nacional. Um dos aspectos ressaltados por Oliveira foi a percepção de insegurança nas grandes cidades, devido às experiências vividas e próximas relacionadas com a violência, seja ela criminal ou política.
Os professores Eurico de Lima Figueiredo e Thomas Heye
Dia 18
O segundo dia do EBERI foi iniciado com os grupos de trabalho (GTs) Geopolítica e Estudos Estratégicos (coordenado pelo prof. André Varella), História Militar (prof. Gabriel Passetti), Segurança Internacional (prof. Renato Petrochi).
GT de Geopolítica
Também tiveram início na manhã do dia 18 os mini-cursos, com duração de três dias, apresentados por pesquisadores convidados. Foram eles: a questão de gênero nas Forças Armadas (prof. Paulo Pereira, profª. Andrea Costa e profª. Claudia Antunes — UNIFA), o terrorismo no século XXI (prof. Maurício Bruno de Sá), o Direito Internacional e as Relações Internacionais (prof. Edson Medeiros Branco Luiz – Unigranrio) e o nacionalismo no mundo contemporâneo (prof. Helid Raphael).
Fechando a primeira parte da jornada, houve o debate Desafios e Programas de Cooperação em Defesa Brasil e Suécia, coordenado pelo prof. Luiz Pedone e com participação dos professores suecos Ulf Hammaström (SAAB), Evert Vedung (Upsalla University), dos professores brasileiros Maurício Pazini Brandão (ITA) e Marcos Barbieri (UNICAMP)
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Os professores Gabriel Passetti, Marcelo Gullo, Beatriz Bíssio e Monica Bruckmann
A tarde do dia 18 começou com a mesa Questões Políticas e Estratégicas Contemporâneas na América do Sul, composta pela professora uruguaia Beatriz Bissio, a docente peruana Monica Bruckmann (ambas da UFRJ) e o professor argentino Marcelo Gullo (Universidade de Lanús). A moderação coube ao prof. Gabriel Passetti.
Ao mesmo tempo teve início a 3ª Reunião de Coordenadores e Representantes de Programas e Linhas de Pesquisas em Estudos Estratégicos e Relações Internacionais. Representaram o INEST e o PPGEST os professores Eurico de Lima Figueiredo, Eduardo Heleno e Márcio Rocha. A Escola de Guerra Naval foi representada pela prof. Sabrina Medeiros e a Universidade da Força Aérea pelo prof. Paulo Pereira Leite.
Ao final da tarde, tiveram espaço os GTs Relações Civis e Militares no Brasil Contemporâneo (prof. Frederico Carlos de Sá Costa), Políticas Públicas de Defesa (prof. Luiz Pedone), Indústria de Defesa (prof. Alex Jobim), Segurança Internacional (prof. Vitélio Brustolin) e Guerras Africanas no Século XXI (prof. Jonuel Gonçalves).
Dia 19
A programação da manhã do terceiro dia do EBERI contou com os GTs Geopolítica e Estudos Estratégicos (prof. André Varella), Teoria Política dos Estudos Estratégicos (prof. Victor Leandro Chaves Gomes) e Sociologia Militar (prof. Eduardo Heleno).
A atividade foi seguida da mesa redonda Desafios e Programas de Cooperação em Defesa Brasil e França. Moderada pelo prof. Alex Jobim, a mesa foi composta pelos professores Eduardo Brick (UFF-Defesa), Leonam dos Santos Guimarães (USP) e Marc Luchini, representante do grupo francês DCNS.
A jornada vespertina começou com a mesa redonda comemorativa dos 30 anos de atividades do Núcleo de Estudos Estratégicos da UFF. Moderado pelo prof. Thomas Heye, o debate contou com os relatos do prof. Eurico de Lima Figueiredo (fundador, junto ao prof. René Dreifuss, do NEST) e do prof. Eduardo Brick.
Prof. Marcelo Gullo, aluna Ingrid Motta e o prof. Eurico de Lima Figueiredo
Logo após, o prof. Marcelo Gullo, da Universidade de Lanús, palestrou na conferência Teoria das Relações Internacionais: a necessidade de uma perspectiva crítica desde a periferia sulamericana.
Simultaneamente, foi realizada a reunião técnica com equipes de pesquisadores do Brasil e da Suécia que avaliaram projetos relacionados a políticas públicas de Defesa Nacional.
Fechando a programação do dia 19, teve início o mini-curso Ciência Tecnologia, Inovação e Defesa (prof. William Moreira, EGN) e foram apresentados os GTs Cibernética, Defesa e Relações Internacionais (prof. Marcio Rocha), Economia Política das Relações Internacionais (prof. Fernando Roberto), Teoria Política (prof. Thomas Heye) e Política Externa Brasileira (prof. Adriano de Freixo).
Dia 20
A manhã do último dia do EBERI contou com os cinco mini-cursos e com os GTs História Militar (prof. Gabriel Passetti) e Segurança Internacional (prof. Gabriel Passetti). As atividades tiveram prosseguimento com a mesa redonda A Cooperação Civil-Militar no Desenvolvimento do Pensamento Estratégico Brasileiro. Moderada pelo prof. Eurico de Lima Figueiredo, o debate contou a participação do almirante Álvaro Monteiro, do Centro de Estudos Estratégicos da Escola de Guerra Naval, do general João César Zambão da Silva, da Escola Superior de Guerra, do brigadeiro Tirre Freire, da Universidade da Força Aérea e do general Sérgio Almeida, da Escola de Comando e Estado Maior do Exército.
Profs. Theotonio dos Santos, Eurico de Lima Figueiredo e a aluna Luana Roque
O III EBERI encerrou sua longa lista de atividades com a conferência Estudos Estratégicos e Segurança Internacional: questões atuais, ministrada pelo prof. Theotônio dos Santos Junior (UFF/UERJ).
Postado por INEST em 19/maio/2016 -
Texto: Raquel Araújo de Jesus; Fotos: Mariana Guimarães e Urias Fernandes
Na tarde desta terça-feira, 18 de maio de 2016, ocorreu o terceiro e último dia do Simpósio Internacional “Dois Séculos de Relações Interamericanas”, no auditório do “Bloco E” da Universidade Federal Fluminense.
A primeira Mesa Redonda, sob a coordenação do Prof. Dr. Eduardo Heleno (INEST-UFF), abordou o tema “Forças Armadas e Sociedade no século XXI”. O Prof. Dr. Celso Castro, do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, tratou sobre “A Amazônia no pensamento dos Militares Brasileiros”. Castro falou sobre a centralidade da região no imaginário do Exército Brasileiro, principalmente a partir da década de 1990. O Prof. Dr. Paulo Cunha, da Universidade Estadual Paulista, abordou a temática “Militares e a Sociedade na América Latina” e falou sobre transição e democracia no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Na sequência, o Prof. Dr. João Roberto Martins Filho, da Universidade Federal de São Carlos, tratou sobre “As relações entre civis e militares no Brasil” e a participação dos militares na política durante o período republicano.
A segunda Mesa Redonda foi coordenada pelo Prof. Dr. Vitelio Marcos Brustolin (INEST-UFF) e teve como tema “Militares e a Defesa Interamericana no século XXI”. O Prof. Dr. Marcos José Barbieri Ferreira, da Universidade Estadual de Campinas, apresentou como temática a ser discutida “A inserção da Base Industrial de Defesa Brasileira no contexto interamericano no século XXI” abordando questões como gastos orçamentários em defesa na América e no mundo e possibilidades de integração interamericana em matéria de defesa. O Prof. Ms. Eduardo Oighenstein Loureiro, da Universidade Federal Fluminense, trouxe como tema “O Brasil e o processo de liderança regional: o poder nacional e a projeção internacional no programa KC-390” analisando a relevância do projeto empreendido pela EMBRAER na projeção internacional do Brasil. Posteriormente, o Embaixador Addor Neto, à convite do Prof. Dr. Vitelio Marcos Brustolin, fazendo menção ao provérbio latino Si vis pacem, para bellum, falou sobre a importância da temática de Defesa Nacional no mundo contemporâneo.
Para encerrar as atividades do Simpósio, o Prof. Dr. Gabriel Passetti (INEST-UFF) agradeceu o apoio institucional da CAPES, da Universidade Federal Fluminense, do Instituto de Estudos Estratégicos, da Faculdade de Economia, do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos, e dos demais professores e estudantes na realização do evento que teve como intuito não apenas celebrar os duzentos anos de relações interamericanas, como também apresentar diferentes formas de se pensar esta mesma questão. Em seguida, o Prof. Dr. Emérito Eurico de Lima Figueiredo, Diretor do Instituto, agradeceu ao Prof. Passetti pelo esforço empreendido na realização do evento e discursou sobre o compromisso que a comunidade acadêmica tem com o país.
Publicado em Quarta, 18 Maio 2016 10:23Texto: Pedro Maués; Fotos: Mariana Guimarães e Urias Fernandes
O segundo dia do Simpósio Internacional Dois Séculos de Relações Interamericanas começou com a mesa “O Brasil e as Américas”, sob a coordenação do Prof. Dr. Gabriel Passetti. O Prof. Dr. Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, apresentou a comunicação “A construção do conceito de América do Sul pela diplomacia brasileira”, na qual fez um panorama do que a diplomacia brasileira tem entendido por “América do Sul”, do século XIX aos dias atuais. Em seguida, o Prof. Dr. Francisco Doratioto, da Universidade de Brasília, discorreu sobre a evolução da política brasileira na região do Rio do Prata, do Primeiro Reinado até o início do período republicano, em “A política do Brasil para o Rio da Prata no século XIX”.
Luis Cláudio Villafañe Gomes Santos, Gabriel Passetti e Francisco Doratioto.
A segunda mesa do dia foi coordenada pelo Prof. Dr. Adriano de Freixo, e teve como tema “Relações interamericanas no século XX”. O Prof. Dr. Alexandre Fortes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, abriu a mesa com “A visão norte-americana sobre a política trabalhista brasileira durante a Segunda Guerra Mundial”, apresentando uma investigação sobre a importância estratégica do Brasil para os EUA na Segunda Guerra Mundial e seus efeitos na visão norteamericana sobre a questão trabalhista no Brasil. Na sequência, Profa. Ms. Juliana Gagliardi de Araujo, da UFF, contribuiu com uma perspectiva das Comunicações Sociais em “Imprensa em rede na América Latina: a Sociedade Interamericana de Imprensa e o Grupo de Diários América”, uma pesquisa sobre dois objetos pouco estudados, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), e o Grupo de Diários América (GDA), e seus papéis em determinados projetos políticos de atores latino-americanos e estadunidenses. Por fim, tivemos a comunicação “Encontros e desencontros nas relações Brasil-Argentina”, na qual a Profa. Dra. Miriam Gomes Saraiva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, nos apresentou uma visão panorâmica das relações entre Brasil e Argentina ao longo do século XX.
Juliana Gagliardi, Adriano de Freixo, Alexandre Fortes e Miriam Gomes Saraiva
A jornada do Simpósio foi encerrada com a conferência “O Congresso do Panamá e os ensaios da união latino-americana no século XIX”, do Prof. Dr. Germán A. de la Reza, da Universidad Autónoma Metropolitana, no México, na qual o professor fez uma análise histórica dos projetos de integração entre os Estados da América Latina a partir das independências.
German de La Reza
O Simpósio, organizado pelo Prof. Gabriel Passetti, conta com o apoio da Capes.
Postado por INEST em 17/maio/2016 -
Texto: Ricardo Freire; Fotos: Mariana Guimarães, Urias Fernandes
O Simpósio Internacional “Dois séculos de relações interamericanas” teve início na tarde desta segunda-feira, 16 de maio, no Auditório do Bloco “F” do Campus do Gragoatá. O Prof. Dr. Thiago Rodrigues, Chefe do Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais do INEST, representando o Prof. Dr. Emérito Eurico de Lima Figueiredo, Diretor do Instituto, agradeceu a presença de todos os conferencistas e assistentes, bem como cumprimentou o Prof. Dr. Gabriel Passetti pela iniciativa e organização do Simpósio.
Em seguida, o Prof. Dr. Vágner Camilo Alves, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança do INEST, também elogiou a iniciativa e destacou apoio do Programa de Pós-Graduação ao evento, em face de sua relevância.
A Conferência de Abertura do Simpósio foi proferida pela Prof.ª Dr.ª Maria Ligia Coelho Prado, Emérita da Universidade de São Paulo, que abordou o tema “Brasil e América Latina: proximidades distantes”.
Finda essa conferência e sua sessão de debates, foi formada a primeira Mesa Redonda do evento, sob a coordenação do Prof. Dr. Vágner Camilo Alves, que versou sobre o papel do EUA nas relações interamericanas. A Mesa contou a fala do Prof. Dr. Fernando Luiz Vale Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tratou do “Pan-americanismo: entre a teoria e prática (1890−1940)”. Na sequência, a Prof.ª Dr.ª Cecilia Azevedo, da Universidade Federal Fluminense, abordou a temática do “Movimento de Solidariedade à América Central nos anos 1980”. E, concluindo os trabalhos, o Prof. Dr. Roberto Moll, do Instituto Federal Fluminense, discursou sobre “Os Estados Unidos e a América Latina no início do século XXI: continuidades, rupturas e perspectivas”.
Após uma série de debates e questionamentos, o Coordenador da Mesa, antes de dar por encerrados os trabalhos da jornada, agradeceu a participação de todos e concedeu aos palestrantes, como marco de gratidão e reconhecimento, um Certificado de Participação.
Postado por INEST em 29/abr/2016 -
No mês de Maio serão realizados dois importantes eventos no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense: o Simpósio Internacional Dois Séculos de Relações Interamericanas e o VII Encontro Latino-americano de Direito Sociedade e Cultura (ELADISC).
O Simpósio Internacional, coordenado pelo professor Gabriel Passetti, reune pesquisadores em diversas temáticas, perfazendo grande painel das relações entre os países do continente nos últimos 200 anos. O evento será realizado no auditório do bloco F, entre os dias 16 e 18 de maio.
No dias 19 e 20, o Instituto recebe o VII ELADISC. Coordenado pelos professores Elian Araujo, Eurico de Lima Figueiredo, Fernando Roberto Almeida, Eduardo Scheidt, Eduardo Devés e Sérgio Sant’Anna, o encontro visa fomentar a aproximação e o intercâmbio entre profissionais e acadêmicos da região.
Detalhes sobre a programação e sobre as inscrições podem ser vistos no site www.eventosdoinest.org
Postado por INEST em 16/mar/2016 -
Na última quinta-feira, 10 de março, o Instituto de Estudos Estratégicos e o King´s College de Londres formalizaram o memorando de entendimento entre as duas instituições de ensino. Trata-se de importante passo para a formação de programas de intercâmbio que poderão ser oferecidos a discentes e docentes.
Por parte do King´s College, a reunião contou com a presença dos professores Vinícius Mariano de Carvalho, do Brazil Institute, e Kieran Mitton, do departamento de Estudos sobre a Guerra. Após terem visto uma breve apresentação sobre o INEST, os visitantes comentaram sobre as atividades realizadas pela instituição britânica.
Entre os docentes do INEST, além do diretor, professor emérito Eurico de Lima Figueiredo, estavam presentes os professores Eduardo Heleno, Fernando Roberto de Fretas Almeida, Luiz Pedone, Miguel Dhenin, Thiago Rodrigues, Vagner Camilo Alves e Victor Chaves Gomes. Participaram também alunos da pós graduação em Estudos Estratégicos e da graduação em Relações Internacionais.
Postado por INEST em 19/out/2015 -
O historiador Frank D. McCann, professor emérito da Universidade de New Hampshire, irá visitar nessa quarta feira, 19 de junho, o Programa de Pós Graduação em Estudos Estratégicos, da Defesa e da Segurança (PPGEST).
Conhecido por seus estudos sobre o Brasil e a América Latina, McCann é autor dos livros Soldados da Pátria: História do Exército Brasileiro 1889 — 1937, Aliança Brasil Estados Unidos 1937/1945, A nação armada — Ensaios sobre a história do Exército brasileiro, entre outros obras.
Postado por INEST em 12/out/2015 -
Por Gilson Carvalho. Fotos: Mariana Guimarães
O II Encontro Brasileiros de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, EBERI II, realizado de 5 a 8 de outubro pelo Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF), em Niterói, RJ, reuniu pesquisadores, professores e estudantes no campus do Gragoatá, para debater questões relacionadas aos estudos estratégicos, defesa e segurança internacional.
Prof. Márcio Rocha
Na abertura, o professor Márcio Rocha, coordenador do evento, ressaltou a grande dificuldade que foi organizá-lo em meio à crise que o país atravessa, com uma longa greve da comunidade universitária e o corte de verbas, e agradeceu a colaboração da direção do INEST, na figura do seu diretor, professor Eurico de Lima Figueiredo e da comissão organizadora, além de dar boas-vindas a todos os presentes.
Falaram ainda o professor Fernando Almeida, representando a graduação, que ressaltou a importância do encontro para a sociedade brasileira, e o professor Luís Pedone, pela pós-graduação, que fez um breve históricos dos estudos estratégicos e da defesa no Brasil.
Prof. Fernando Almeida e Prof. Luiz Pedone
As conferências inaugurais ficaram a cargo do Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que falou sobre Relações Internacionais: desafios e perspectivas, dos pesquisadores Brand Arenari e Edson Benedito da Silva, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, que falaram sobre A contribuição do IPEA para o estudo e o aprimoramento de Políticas Públicas na área de Defesa Nacional: 2010 – 2015.
Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, prof. visitante do INEST, e aluna Ingrid Erthal
Ao longo da semana, foram realizadas cinco mesas-redondas, onze grupos de trabalhos, quatro mini-cursos e onze apresentação de pôsteres, com a participação de dezenas de estudantes e pesquisadores de diversas regiões do Brasil e do exterior.
No último dia, 8 de outubro, houve duas conferências: Análisis del escenário internacional: una refléxion en la búsqueda de la dirección de los acontecimientos, proferida pelo professor Marcelo Gullo, da Universidade de Lanús e da Escola de Superior de Guerra Argentina, e Estudos Estratégicos e Defesa: questões atuais, pelo professor Wanderley Messias, da Universidade de São Paulo (USP). Para encerrar, o coordenador do EBERI II, professor Márcio Rocha convidou todos para a terceira edição do evento, em 2016, e o diretor do INEST, professor Eurico de Lima Figueiredo, agradeceu a organização e a presença dos participantes.
Postado por INEST em 26/ago/2015 -
Texto e imagem: Gílson Carvalho
O diretor da Organização Mundial para Prevenção de Armas Químicas (OPAQ), Mark Albon, apresentou na última segunda-feira, 24 de agosto, no campus do Gragoatá, uma palestra sobre “A convenção de armas químicas e a OPAQ”. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos Estratégicos Avançados (NEA), do INEST-UFF, através dos professores Eduardo Brick e Márcio Rocha, e atraiu estudantes da graduação em Relações Internacionais e do mestrado em Estudos Estratégicos da UFF.
Albon explicou que a OPAQ é uma organização internacional independente criada em 1997, mas que faz um trabalho de cooperação com a Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de eliminar armas de destruição de massa, trabalhar para convencer países que ainda não aderiram à Convenção, monitorar indústrias químicas para reduzir o risco de que produtos químicos sejam usados inapropriadamente, prover assistência e proteção aos países-membros em caso de ataque ou ameaça por armas nucleares, e promover a cooperação internacional para o uso pacífico de produtos químicos. No momento, 191 países são membros da OPAQ. O último a se unir foi Mianmar. Apenas cinco membros da ONU não assinaram a adesão: Angola, Coréia do Norte, Egito, Israel e Sudão do Sul. O primeiro diretor-geral da OPAQ foi o embaixador brasileiro José Maurício Bustani, que conduziu a entidade até 2002.
Mark Albon explicou que a ideia de se estabelecer um mecanismo de controle de armas químicas começou no fim do século XIX, em Haia, na Holanda, que sediou duas rodadas de negociação, em 1899 e 1907. O trauma da Primeira Guerra levou ao Protocolo de Genebra, de 1925, que proibiu o uso de arsenal químico no campo de batalha. O acordo assinado naquele ano serviu de base para a Convenção sobre Armas Químicas, em vigor hoje, e administrada pela OPAQ.
A última denúncia de uso de armas químicas ocorreu em 2013, na Síria, que na época não fazia parte da OPAQ. Após inspeções que comprovou a utilização de gás sarin na guerra civil naquele país, uma enorme pressão internacional fez com que Damasco aderisse à organização, que promoveu, com auxílio de uma força internacional que incluiu Itália e Estados Unidos, a eliminação total do agente químico assim como das instalações usadas para sua fabricação e estocagem. Em 11 de outubro daquele ano, o Comitê Norueguês do prêmio Nobel anunciou que a OPAQ tinha sido agraciada com o Prêmio Nobel da Paz para „extenso trabalho para eliminar as armas químicas”.
Postado por INEST em 26/ago/2015 -
No dia 20 de agosto, o Instituto de Estudos Estratégicos recebeu a visita de Aloysio Vasconcellos, presidente da Brazil International Foundation. Ele ministrou palestra que teve como tema Os Projetos de Integração: o Brasil Continental e o Brasil Internacional.
Com vasta experiência no exterior, Vasconcellos mostrou ao público presente, formado por professores e pesquisadores do Instituto, um rico perfil da comunidade brasileira que vive fora do país, em especial, no Estado da Flórida, nos Estados Unidos. Ressaltou semelhanças e diferenças entre essas comunidades e a população residente no Brasil, salientando potencialidades para ambas.
No primeiro plano, professores e pesquisadores do INEST, ao fundo, o professor Eurico de Lima Figueiredo e Aloysio Vasconcellos.
Advogado, membro da Ordem dos Advogado do Brasil e da Ordem dos Advogados da América Latina, Vasconcellos é doutor em Comércio Internacional pela Universidade de Paris-Sorbonne. Ele exerceu vários cargos de chefia em sua carreira, como a vice-presidência do Citibank Brasil, a presidência da Câmara de Comércio Brasil – Estados Unidos, em Miami, e a presidência da Câmara de Comércio Estados Unidos – Portugal, em Nova Iorque, exerceu consultoria ao Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), entre outras atividades.
Postado por INEST em 26/ago/2015 -
Publicado em Sábado, 22 Agosto 2015 19:12Por Gilson Carvalho
A última atividade do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, realizada nessa sexta, 21 de agosto, foi a mesa de encerramento que teve o tema O mundo pós-guerra, com a participação dos professores Williams Gonçalves, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST. O professor Vagner Camilo Alves atuou como moderador.
Williams Gonçalves lembrou que a Segunda Guerra Mundial representou uma mudança radical no sistema internacional de poder, com ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética, resultado direto do conflito bélico, e que levou, a partir de 1947, ao surgimento de dois blocos, configurando a chamada Guerra Fria. Outras conseqüências foram o surgimento de uma nova ordem internacional, tanto do ponto de vista político, com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), quanto do econômico, com a realização das conferências de Bretton Woods e o surgimento, em 1947, do Acordo Geral de Tarifas e Comercio (GATT, na sigla em inglês), que evoluiria para Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1986. Gonçalves ressaltou que vivemos um momento de transição, com uma nova ordem mundial sendo constituída a partir do surgimento de novos blocos econômicos como os Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Como conferencista, o professor emérito Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST, desenvolveu a apresentação de encerramento guiando seu raciocínio em quatro proposições: a indispensabilidade da compreensão do fim da segunda guerra mundial para entender o mundo atual, a reflexão sobre a bipolaridade ideológica vigente até 1991, as consequências do fim do conflito e da polarização ideológica para a América Latina e o Brasil e, por fim, como a Segunda Guerra pode ajudar a compreender as interações entre os Estudos Estratégicos e as Relações Internacionais.
Gabriel Passetti, Eurico de Lima Figueiredo, Vagner Camilo Alves e Williams Gonçalves — foto: Mariana Guimarães
A conferência de encerramento foi mediada pelo professor Vágner Camilo, que dividiu com o prof. Gabriel Passetti, a coordenação do evento.
Balanço final
Ao fazer um balanço final, o professor Gabriel Passetti, declarou estar plenamente satisfeito com o resultado:
– Após um ano de trabalho, tudo saiu como esperávamos, com discussões de alto nível sobre a Segunda Guerra Mundial, a partir de uma perspectiva brasileira. Foram sete mesas, quatro especialistas estrangeiros, vários brasileiros, mostra de filmes, com participação de diretores e produtores. Eu não poderia estar mais feliz.
Professores e alunos que participaram da organização do Simpósio Internacional — Foto: Leandro Ortolan
Passetti agradeceu a dedicação de toda a comissão organizadora, que contou com a participação de vários docentes e alunos de pós-graduação do INEST, as agências de financiamento e, principalmente os monitores, alunos de graduação em Relações Internacionais, que trabalharam durante toda a semana e ajudaram a construir o êxito do Simpósio.
Publicado em Sábado, 22 Agosto 2015 19:06Por Gilson Carvalho
O último dia do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra teve a mesa-redonda composta pelos pesquisadores Luiz Carlos Delorme Prado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Francisco Luis Corsi, da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Hélio de Lena Junior, do Centro Universitário de Volta Redonda, que discorreram sobre o tema “Aspectos econômicos”. A moderação coube ao professor Fernando Roberto de Freitas Almeida, do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST).
Luiz Carlos Delorme Prado, Fernando Roberto de Freitas Almeida e Francisco Corsi — foto: Mariana Guimarães
A mesa foi aberta por Luiz Carlos Prado, falou sobre as conseqüências econômicas da Segunda Guerra mundial no Brasil e na América do Sul, enfatizando as diferentes posições tomadas pelos brasileiros e argentinos, principais países do continente, e como os acordos de Bretton Woods, acertados em julho de 1944 naquela localidade, nos Estados Unidos, consolidaram a hegemonia norte-americana no pós-guerra.
A seguir, Francisco Corsi explicou como o período entre guerras representou uma oportunidade para o desenvolvimento das nações periféricas, a partir da desarticulação das economia mundial, e como a necessidade de financiamento para a construção de um parque industrial obrigou o Brasil de Getúlio Vargas a alinhar-se com os Estados Unidos, em detrimento da Alemanha, com quem flertara, permitindo a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda — RJ, marco inicial da industrialização brasileira.
Por fim, Hélio de Lena Junior, demonstrou como o projeto de nação proposto por Getúlio Vargas buscava conciliar a ideia de um “homem novo” e um desenvolvimentismo autoritário, posto em prática a partir de 1944, com a instalação de uma “company-town”, surgida ao redor da CSN no vale do rio Paraíba do Sul, naquela que viria a ser a cidade de Volta Redonda.
Por Andrés Peñaloza Lanza e Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal do INEST
O quarto dia, 20 de Agosto, do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra Mundial, foi constituído por duas mesas. A primeira abordou novamente a política externa brasileira durante a Segunda Guerra e foi mediada pelo professor do INEST Renato Petrocchi e composta pelos palestrantes Rebecca Herman (Universidade da Califórnia, em Berkeley), Delmo Arguelhes (UniEURO, de Brasília) e Érica Monteiro (UFRJ).
Renato Petrocchi, Rebecca Herman, Erica Monteiro e Delmo Arguelhes. Foto: Mariana Guimarães
A professora Rebecca Herman abordou o processo de construção de bases militares e pistas de pouso na América Latina, dando ênfase na cooperação entre empresas de aviação norte-americanas e o governo dos Estados Unidos no esforço de guerra. Ressaltou alguns casos específicos, ocorridos no Brasil, em que o discurso do governo estadunidense, voltado à cooptação de aliados, divergiu da política realizada por empresas americanas, em especial no que tange ao respeito aos direitos trabalhistas. Procurou demonstrar a tensão entre a colaboração internacional e a soberania nacional, e como no caso do Brasil, a sua política externa afetou diretamente a politica doméstica. “Existe um padrão de resolução de conflitos onde os lideres sustentam a soberania nacional mas no processo de negociação se mostram dispostos a diminuir a soberania nacional”, relatou Rebecca.
Seguindo o cronograma, tomou a palavra o professor Delmo Arguelhes, com o tema era A Conferencia dos chanceleres americanos no Rio de Janeiro (1942): o ponto de inflexão da política externa getulista. Arguelhes explicou como a intenção da entrada no Brasil na guerra foi definida com a Conferencia Panamericana, quando foram feitos acordos de solidariedade e defesa no continente, liderados pelos Estados Unidos. O resultado da conferencia de chanceleres foi uma recomendação de rompimento das relações com o Eixo, antecipando a predominância dos Estados Unidos na América Latina.
Por fim, a professora Monteiro expôs uma análise da relação entre o Estado e a iniciativa privada no esforço da guerra, com a pesquisa intitulada Em tempos de guerra lucrar é preciso: iniciativa privada e relações interamericanas durante a II Guerra Mundial. O tema da pesquisa surgiu após a observação de símbolos e slogans presentes nas propagandas de guerra que exaltavam a democracia liberal e estereotipada os inimigos. Ao afinal, apresentou um vídeo intitulado A guerra como slogan com material publicado no Brasil com iniciativa privada americana.
Prosseguindo a programação do quarto dia, o professor do INEST Vágner Camilo tomou a palavra e chamou os palestrantes Francisco César Ferraz (UEL), João Rafael Moraes (IESP-UERJ) e Dennison de Oliveira (UFPR) para dar início a mesa Novas leituras e novas fontes sobre a Segunda Guerra Mundial.
Francisco Ferraz — foto: Mariana Guimarães
O professor Ferraz apresentou uma serie de considerações historiograficas sobre a produção bibliografica acerca da participação brasileira na guerra. Ele mostrou o levantamento dos títulos que tratavam da FEB e constatou que o tema possui pesquisas consistentes, muitas vezes ainda ignoradas. Também observou uma tendência a publicações de artigos com temas como a entrada do Brasil na guerra, a relação entre Brasil e EUA, cotidiano e regionalismo, reintegração e pós-guerra e estudos culturais.
A seguir, o professor João Rafael abordou o tema A reflexão da intelectulidade militar brasileira sobre a Blitzkieg n’A Defesa Nacional. Em sua exposição, contrapôs a influência francesa e alemã no sistema de ensino e instrução. Afirmou que a derrota da França em 1940 pela nova estratégia rápida e total alemã levantou questões sobre a validade da doutrina militar francesa que foi emulada por duas décadas. Constatou a grande dependência brasileira, na época, em matéria de doutrina militar.
João Rafael Gualberto Morais — foto: Mariana Guimarães
Para finalizar, o professor de Oliveira apresentou a tese de seu novo livro Aliança Brasil-EUA: nova história do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Tomando como objeto de análise a documentação da Comissão Mista de Defesa Brasil-Estados Unidos em Washington e no Rio de Janeiro. Ressaltou a importância do acervo documental que teve acesso no Arquivo Nacional de Maryland para as descobertas de novos aspectos da história da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Dennison Oliveira — foto: Mariana Guimarães
Publicado em Sábado, 22 Agosto 2015 09:45A terceira sessão do Diplomacine, dentro do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, trouxe Márcio Bokel, montador e roteirista do filme Senta a Pua, documentário que aborda o papel do primeiro grupo de aviação de caça, que atuou na Força Expedicionária Brasileira, no teatro de operações italiano.
Prof. Petrochi e Márcio Bokel — foto: Mariana Guimarães
Bokel contou em detalhes os relatos dados por pilotos do grupo de caça. Ele mostrou aos presentes certas características do dia a dia daqueles aviadores durante o conflito, não somente no que se refere às suas técnicas e às aeronaves utilizadas, mas em especial ao fator humano, suas apreensões, o convívio, as perdas e as memórias.
Bokel também revelou pormenores técnicos preciosos em relação à escolha das imagens históricas que compuseram a obra, como os vídeos feitos a partir de câmeras instaladas nos aviões, recuperadas em bases brasileiras e nos Arquivo Nacional dos Estados Unidos, e fotografias raras obtidas ao longo da produção do documentário.
A obra ganhou os prêmios de melhor filme e montagem no festival de Cinema de Natal e de melhor filme no festival da Amazônia. As sessão foi moderada pelos professores Renato Petrocchi e Vágner Camilo Alves.
Publicado em Quarta, 19 Agosto 2015 21:30Por Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal INEST
O Simpósio Internacional: O Brasil na Segunda Guerra contou nesta quarta-feira, 19 de agosto, com a mesa Política Externa Brasileira. Moderada pelo professor Eduardo Heleno, a mesa contou com a participação dos palestrantes Fábio Koifman, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Alexandre Luis Moreli Rocha Fundação Getúlio Vargas (FGV-CPDOC) e João Baptista de Abreu Júnior , da UFF.
João Baptista de Abreu Júnior, Alexandre Moreli, Eduardo Heleno e Fábio Koifman — foto: Mariana Guimarães
O professor Fábio Koifman tratou do tema Política imigratória brasileira e a Segunda Guerra Mundial, contextualizando desde as políticas de branqueamento promovidas pelo Estado Novo, até as restrições migratórias impostas pela entrada do Brasil na guerra. Koifman chamou atenção ao fato da emissão e controle do visto ter passado do Ministério das Relações Exteriores para o Ministério da Justiça após o início do conflito e o consequente aumento do número de refugiados.
A seguir, tomou a palavra o pesquisador Alexandre Moreli que abordou sobre a importância estratégica do espaço Atlântico na Segunda Guerra Mundial e a necessidade de se entender o conflito de interesses existente nesta região. Ele ressaltou a relação entre Portugal, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Brasil para a proteção do mar interior e das ilhas portuguesas que gerou uma cooperação competitiva, principalmente entre os britânicos e americanos.
O palestrante João Baptista trouxe para o debate o papel do rádio e da propaganda na guerra psicológica. Com o título O rádio, a Segunda Guerra Mundial e a batalha sonora do Brasil deu ênfase às transmissões feitas tanto pelos Aliados como pelo Eixo no território brasileiro, tendo como objetivo o esforço de guerra. Trouxe um áudio para exemplificar como era feita a difusão de informações na rádio no período de conflito.
Vágner Camilo Alves, foto de Mariana Guimarães
Após o término da mesa da tarde, aconteceu a última atividade do dia, a Conferência Uma análise estrutural sobre o envolvimento brasileiro na Segunda Guerra Mundial, ministrada pelo Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estrtégicos (PPGEST) professor Vagner Camilo. O pesquisador afirmou que „Nada mais falso do que a visão de Getulio Vargas ter escolhido o lado que iria colaborar na guerra”, enfatizando a necessidade de se analisar como o sistema internacional trouxe o Brasil para dentro do conflito.
Por Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal INEST
Na manhã de quarta-feira, 19 de agosto, teve início a programação do terceiro dia do Simpósio Internacional: „O Brasil na Segunda Guerra” com a exibição do filme de ficção “A Estrada 47” pelo Diplomacine, cineclube do curso de Relações Internacionais da UFF. A sessão contou com a participação do diretor do filme, Vicente Ferraz, para um debate.
O filme „A Estrada 47″ foi produzido em 2014 e estreou em 2015, já faturando o prêmio de melhor filme no Festival de Gramado. A trama narra a história de soldados brasileiros da FEB no front italiano que se perderam de seus postos na montanha após uma explosão e passam a ser vistos como possíveis desertores. Para mudar esse quadro, eles decidem dizimar a famosa estrada 47. Mais que isso, trata dos temores e medos dos pracinhas que foram à guerra despreparados, relatando suas vivências, muitas vezes de pânico, e a necessidade de serem vistos como heróis por suas famílias.
O diretor Vicente Ferraz e o professor Gabriel Passetti — foto: Mariana Guimarães
O diretor Ferraz afirma que por ter sido da geração do final da ditadura civil-militar, não tinha interesse em abordar o exército. Contudo, com o tempo, reviu a experiência e passou a ver a atuação da FEB na Segunda Guerra Mundial como um exército que lutava pela democracia, contra as forças fascistas.
É importante ressaltar que o episódio da Estrada 47 não existiu na realidade, foi uma história criada para refletir sobre o papel da FEB e da guerra. O contato com os ex-combatentes e com a comunidade italiana, além das cartas dos jovens soldados da FEB foram fundamentais para a humanização do filme. „Este filme é um tributo aos jovens brasileiros que arriscaram suas vidas pela democracia e pela república”, relata Vicente.
Publicado em Terça, 18 Agosto 2015 20:31Por Andres Peñaloza e Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal do INEST
Dando continuidade à programação de terça-feira, 18 de Agosto, do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, o professor Adriano de Freixo abriu a segunda mesa do evento, Movimentos Sociais e Políticos. O debate contou com a participação de Alexandre Fortes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, (UFRRJ), Francisco Carlos Palomanes Martinho da Universidade de São Paulo,(USP) e Luís Edmundo de Souza Moraes, também da UFRRJ.
O professor Fortes iniciou sua fala mostrando como a guerra afeta as relações sociais num país, tratando do caso específico do Brasil. No país, ocorreram intensos sociais anti-Eixo entre os anos de 42 e 45 que estabeleceram condições para uma ruptura nas relações e a possibilidade da consolidadão de projetos reformistas. A formação da classe trabalhadora foi acelerada pela guerra por mais que os campos de batalha estivessem distantes da realidade brasileira.
O professor Francisco Carlos Palomanes inicialmente abordaria o tema da crise e continuidade do Salazarismo na Segunda Guerra, porém, tomou a liberdade de focar em como a Segunda Guerra influenciou o processo de descolonização portuguesa, ainda no governo de Salazar.
Francisco Carlos Palomanes Filho, Luiz Edmundo de Souza Moraes, Adriano de Freixo e Alexandre Fortes, foto: Mariana Guimarães
Por último, o professor Moraes apresentou o tema O Partido Nazista no Brasil, as colônias alemãs e o Estado Brasileiro especificando como o partido nazista realmente funcionava no Brasil, desmistificando a teoria da quinta coluna. Segundo o pesquisador, o partido nazista se constituiu de forma descentralizada, não necessariamente dentro das colonias alemães, como afirmava o artigo „Nazistas no exterior” publicado no New York Times naquela época. Apesar dos dados empíricos, o mito da quinta coluna ainda é forte, relata Luís Edmundo.
António Duarte — foto: Mariana Guimarães
Apos o encerramento da mesa, o professor português António Paulo David Silva Duarte, do Instituto de História da Universidade Nova de Lisboa, proferiu uma conferência intitulada Portugal na Segunda Guerra Mundial: da Neutralidade a Co-beligerância. Duarte focou sua apresentação na geopolítica de Portugal na Segunda Guerra e como a Grã-Bretanha afetou sua estratégia. Alem disso, ressaltou a neutralidade do pais ibérico em suas diversas etapas, visando manter o status quo da península, mantendo a Espanha como aliada para evitar relações com o Eixo.
Publicado em Terça, 18 Agosto 2015 20:00Por Manuela Melani e Andres Peñaloza, do Cosmopolítico, especial para o Portal INEST
No segundo dia do simpósio „O Brasil na Segunda Guerra”, na terça-feira de manhã, 18 de agosto, foi apresentado o filme „Caminho dos heróis”, do diretor e músico João Barone (baterista dos Paralamas do Sucesso), que também esteve presente para a apresentação e debate após a sessão.
O documentário, produzido pelo History Channel, mostra a viagem da equipe de Barone pela Itália, seguindo o caminho feito pela batalhão de soldados da FEB, desde a entrada do Brasil na guerra, em agosto de 1942. Dirigindo réplicas dos mesmos carros de guerra que os pracinhas usaram naquela época (incluindo o avô de Barone), a equipe passa por todas as cidades percorridas pela missão brasileira, visitando os monumentos, memórias e ex– combatentes italianos e brasileiros, recolhendo testemunhos das conquistas e derrotas da FEB.
O músico e diretor João Barone, entusiasta e pesquisador sobre a FEB, ao lado dos alunos do INEST
Além da passagem do batalhão e o recolhimento dos fatos históricos, é marcante a presença e herança brasileira em terras italianas, sobretudo nas pequenas comunidades, onde a guerra não foi apenas um motivo de cooperação bélica, mas também de convívio diários, e que felizmente tiveram um resultado muito positivo, em ambos os lados. É notável a ação dos soldados brasileiros em comparação com os anglo-saxões, pois aqueles são lembrados pela sua sensibilidade e proximidade com os povos das cidades por onde passavam, dividindo alimentos e remédios. Tal fato é comprovado pela existência de museus e locais homenageando os feitos da FEB na Itália, a exemplo de Montese.
Barone esclareceu que utiliza de sua posição como musico do Paralamas do Sucesso para chamar atenção ao assunto e ressaltar a importância de se estudar a presença da FEB no front italiano não como um episódio secundário. O diretor afirmou que a motivação para a produção do documentário veio de sua vivencia pessoal e interesse pelo tema, alem da necessidade de esclarecer e perpetuar a memória da participação da FEB na guerra. O professor Vagner Camillo encerrou o debate resumindo a exibição „Mostra o que os livros escrevem, alem de dar a dimensão humana ao episodio”.
Como parte da programação do primeiro dia do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, após a conferência de abertura, teve início a primeira mesa com o tema Cultura e Política, moderada pelo coordenador do evento, professor Gabriel Passetti. A mesa foi composta por Orlando de Barros, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Michel Gherman, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e Vinícius Mariano de Carvalho, do King’s College de Londres.
O professor Orlando de Barros iniciou sua fala abordando a presença dos grandes artistas na Segunda Guerra Mundial e seus papéis de entreter os soldados e amenizar as dificuldades inerentes ao conflito. Partindo dai, tratou da Guerra dos artistas (título de seu mais recente livro) e de como estes foram fundamentais no esforço da guerra e nas Cantinas dos Combatentes, local onde os soldados confraternizavam, acrescentando que a arte exaltava o patriotismo.
A seguir, tomou a palavra o palestrante internacional Michel Gherman, que falou sobre Holocausto, testemunho e memória em terras brasileiras. Por meio de uma análise comparativa da imagem do sobrevivente do Holocausto e do soldado judeu combatente, e do uso de duas figuras importantes, Aleksander Laks e Salomão Malina, estabeceleu a existência de duas guerras paralelas, Segundo ele, na memória política, a presença mais forte é a da vítima do extermínio. É pouco conhecido o fato de 40 judeus brasileiros terem lutado na FEB (Força Expedicionária Brasileira), enquanto que a história das vitimas judias da Segunda Guerra Mundial é exacerbada.
Michel Ghermann, Gabriel Passetti e Vinícius Mariano de Carvalho — foto: Mariana Guimarães
O professor Vinícius Mariano de Carvalho, do Brazil Institute, concluiu a sessão, caracterizando a produção artística como muito presente entre os pracinha da FEB. Utilizando recursos audiovisuais, apresentou diversos poemas e músicas que retratavam a experiência desses combatentes brasileiros na guerra e sua vivência dentro desta comunidade.
Uma interessante frase pode servir para concluir o tema Cultura e política: entender a memória da guerra como resistência, e não como trauma; resistência desde o ponto de vista do papel dos judeus como soldados de guerra, como herois e não como vítimas, e também a música, o teatro e a poesia como resistência aos terrores da guerra.
Postado por INEST em 17/ago/2015 -
Por: Gilson Carvalho
O Simpósio Internacional „O Brasil na Segunda Guerra”, promovido pelo Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF), foi aberto nesta segunda-feira, 17 de agosto, no Campus do Gragoatá. A mesa de abertura foi composta pelos professores Eurico de Lima Figueiredo, diretor do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST/UFF), Vagner Camilo Alves, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST), Thiago Rodrigues, chefe do departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, e Gabriel Passetti, coordenador do evento.
Professsores do INEST: Vagner Camilo Alves, Eurico de Lima Figueiredo, Gabriel Passetti, Thiago Rodrigues e Fernando Roberto de Freitas Almeida – Foto de Mariana Guimarães
Após saudar a platéia, agradecer os esforços de toda a comissão organizadora e demais colaboradores e desejar êxito a todos os participantes, o professor Eurico Figueiredo passou a palavra ao professor Antonio Pedro Tota, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), que proferiu a conferência de abertura. Intitulada “Américas em Guerra! Aliança Cultural Brasil-EUA”, mostrou como o governo do presidente Franklin Roosevelt criou um aparato ideológico para conquistar corações e mentes dos brasileiros, de modo a mantê-los como aliados dos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Partindo de teorias desenvolvidas por pesquisadores e intelectuais como Luís da Câmara Cascudo e Oswald de Andrade, e buscando contrapor ideias de José Ramos Tinhorão, Moniz Bandeira e Gerson Moura, que denunciavam a subordinação da cultura brasileira à americana, examinou documentos – inclusive áudios-visuais, encontrados em centros de pesquisa como o National Archives e a Biblioteca do Congresso, em Washington, e a Roosevelt Library em Nova York, entre outros.
Prof. Antonio Pedro Tota — Foto de Mariana Guimarães
Tota percebeu, ao final da pesquisa, que Tinhorão, Bandeira e Moura estavam certos, mas só parcialmente. As conclusões podem ser conferidas em seu livro “O Amigo Americano — Nelson Rockfeller e o Brasil”, que relata como o magnata americano aproximou-se do país quando se tornou chefe do Office of Inter-American Affairs, a agência para assuntos interamericanos dos Estados Unidos, que trouxe Orson Welles e Walt Disney para o Brasil, e mandou Carmen Miranda para os Estados Unidos, e que será lançado será lançado na terça-feira, 18 de agosto, às 18h.
O Simpósio prossegue ao longo da semana, com conferências, mesas-redondas, mostra de filmes e lançamento de livros. A programação completa pode ser consultada aqui.