Postado por INEST em 26/ago/2015 -
Publicado em Sábado, 22 Agosto 2015 19:12Por Gilson Carvalho
A última atividade do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, realizada nessa sexta, 21 de agosto, foi a mesa de encerramento que teve o tema O mundo pós-guerra, com a participação dos professores Williams Gonçalves, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST. O professor Vagner Camilo Alves atuou como moderador.
Williams Gonçalves lembrou que a Segunda Guerra Mundial representou uma mudança radical no sistema internacional de poder, com ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética, resultado direto do conflito bélico, e que levou, a partir de 1947, ao surgimento de dois blocos, configurando a chamada Guerra Fria. Outras conseqüências foram o surgimento de uma nova ordem internacional, tanto do ponto de vista político, com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), quanto do econômico, com a realização das conferências de Bretton Woods e o surgimento, em 1947, do Acordo Geral de Tarifas e Comercio (GATT, na sigla em inglês), que evoluiria para Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1986. Gonçalves ressaltou que vivemos um momento de transição, com uma nova ordem mundial sendo constituída a partir do surgimento de novos blocos econômicos como os Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Como conferencista, o professor emérito Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST, desenvolveu a apresentação de encerramento guiando seu raciocínio em quatro proposições: a indispensabilidade da compreensão do fim da segunda guerra mundial para entender o mundo atual, a reflexão sobre a bipolaridade ideológica vigente até 1991, as consequências do fim do conflito e da polarização ideológica para a América Latina e o Brasil e, por fim, como a Segunda Guerra pode ajudar a compreender as interações entre os Estudos Estratégicos e as Relações Internacionais.
Gabriel Passetti, Eurico de Lima Figueiredo, Vagner Camilo Alves e Williams Gonçalves — foto: Mariana Guimarães
A conferência de encerramento foi mediada pelo professor Vágner Camilo, que dividiu com o prof. Gabriel Passetti, a coordenação do evento.
Balanço final
Ao fazer um balanço final, o professor Gabriel Passetti, declarou estar plenamente satisfeito com o resultado:
– Após um ano de trabalho, tudo saiu como esperávamos, com discussões de alto nível sobre a Segunda Guerra Mundial, a partir de uma perspectiva brasileira. Foram sete mesas, quatro especialistas estrangeiros, vários brasileiros, mostra de filmes, com participação de diretores e produtores. Eu não poderia estar mais feliz.
Professores e alunos que participaram da organização do Simpósio Internacional — Foto: Leandro Ortolan
Passetti agradeceu a dedicação de toda a comissão organizadora, que contou com a participação de vários docentes e alunos de pós-graduação do INEST, as agências de financiamento e, principalmente os monitores, alunos de graduação em Relações Internacionais, que trabalharam durante toda a semana e ajudaram a construir o êxito do Simpósio.
Publicado em Sábado, 22 Agosto 2015 19:06Por Gilson Carvalho
O último dia do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra teve a mesa-redonda composta pelos pesquisadores Luiz Carlos Delorme Prado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Francisco Luis Corsi, da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Hélio de Lena Junior, do Centro Universitário de Volta Redonda, que discorreram sobre o tema “Aspectos econômicos”. A moderação coube ao professor Fernando Roberto de Freitas Almeida, do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST).
Luiz Carlos Delorme Prado, Fernando Roberto de Freitas Almeida e Francisco Corsi — foto: Mariana Guimarães
A mesa foi aberta por Luiz Carlos Prado, falou sobre as conseqüências econômicas da Segunda Guerra mundial no Brasil e na América do Sul, enfatizando as diferentes posições tomadas pelos brasileiros e argentinos, principais países do continente, e como os acordos de Bretton Woods, acertados em julho de 1944 naquela localidade, nos Estados Unidos, consolidaram a hegemonia norte-americana no pós-guerra.
A seguir, Francisco Corsi explicou como o período entre guerras representou uma oportunidade para o desenvolvimento das nações periféricas, a partir da desarticulação das economia mundial, e como a necessidade de financiamento para a construção de um parque industrial obrigou o Brasil de Getúlio Vargas a alinhar-se com os Estados Unidos, em detrimento da Alemanha, com quem flertara, permitindo a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda — RJ, marco inicial da industrialização brasileira.
Por fim, Hélio de Lena Junior, demonstrou como o projeto de nação proposto por Getúlio Vargas buscava conciliar a ideia de um “homem novo” e um desenvolvimentismo autoritário, posto em prática a partir de 1944, com a instalação de uma “company-town”, surgida ao redor da CSN no vale do rio Paraíba do Sul, naquela que viria a ser a cidade de Volta Redonda.
Por Andrés Peñaloza Lanza e Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal do INEST
O quarto dia, 20 de Agosto, do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra Mundial, foi constituído por duas mesas. A primeira abordou novamente a política externa brasileira durante a Segunda Guerra e foi mediada pelo professor do INEST Renato Petrocchi e composta pelos palestrantes Rebecca Herman (Universidade da Califórnia, em Berkeley), Delmo Arguelhes (UniEURO, de Brasília) e Érica Monteiro (UFRJ).
Renato Petrocchi, Rebecca Herman, Erica Monteiro e Delmo Arguelhes. Foto: Mariana Guimarães
A professora Rebecca Herman abordou o processo de construção de bases militares e pistas de pouso na América Latina, dando ênfase na cooperação entre empresas de aviação norte-americanas e o governo dos Estados Unidos no esforço de guerra. Ressaltou alguns casos específicos, ocorridos no Brasil, em que o discurso do governo estadunidense, voltado à cooptação de aliados, divergiu da política realizada por empresas americanas, em especial no que tange ao respeito aos direitos trabalhistas. Procurou demonstrar a tensão entre a colaboração internacional e a soberania nacional, e como no caso do Brasil, a sua política externa afetou diretamente a politica doméstica. “Existe um padrão de resolução de conflitos onde os lideres sustentam a soberania nacional mas no processo de negociação se mostram dispostos a diminuir a soberania nacional”, relatou Rebecca.
Seguindo o cronograma, tomou a palavra o professor Delmo Arguelhes, com o tema era A Conferencia dos chanceleres americanos no Rio de Janeiro (1942): o ponto de inflexão da política externa getulista. Arguelhes explicou como a intenção da entrada no Brasil na guerra foi definida com a Conferencia Panamericana, quando foram feitos acordos de solidariedade e defesa no continente, liderados pelos Estados Unidos. O resultado da conferencia de chanceleres foi uma recomendação de rompimento das relações com o Eixo, antecipando a predominância dos Estados Unidos na América Latina.
Por fim, a professora Monteiro expôs uma análise da relação entre o Estado e a iniciativa privada no esforço da guerra, com a pesquisa intitulada Em tempos de guerra lucrar é preciso: iniciativa privada e relações interamericanas durante a II Guerra Mundial. O tema da pesquisa surgiu após a observação de símbolos e slogans presentes nas propagandas de guerra que exaltavam a democracia liberal e estereotipada os inimigos. Ao afinal, apresentou um vídeo intitulado A guerra como slogan com material publicado no Brasil com iniciativa privada americana.
Prosseguindo a programação do quarto dia, o professor do INEST Vágner Camilo tomou a palavra e chamou os palestrantes Francisco César Ferraz (UEL), João Rafael Moraes (IESP-UERJ) e Dennison de Oliveira (UFPR) para dar início a mesa Novas leituras e novas fontes sobre a Segunda Guerra Mundial.
Francisco Ferraz — foto: Mariana Guimarães
O professor Ferraz apresentou uma serie de considerações historiograficas sobre a produção bibliografica acerca da participação brasileira na guerra. Ele mostrou o levantamento dos títulos que tratavam da FEB e constatou que o tema possui pesquisas consistentes, muitas vezes ainda ignoradas. Também observou uma tendência a publicações de artigos com temas como a entrada do Brasil na guerra, a relação entre Brasil e EUA, cotidiano e regionalismo, reintegração e pós-guerra e estudos culturais.
A seguir, o professor João Rafael abordou o tema A reflexão da intelectulidade militar brasileira sobre a Blitzkieg n’A Defesa Nacional. Em sua exposição, contrapôs a influência francesa e alemã no sistema de ensino e instrução. Afirmou que a derrota da França em 1940 pela nova estratégia rápida e total alemã levantou questões sobre a validade da doutrina militar francesa que foi emulada por duas décadas. Constatou a grande dependência brasileira, na época, em matéria de doutrina militar.
João Rafael Gualberto Morais — foto: Mariana Guimarães
Para finalizar, o professor de Oliveira apresentou a tese de seu novo livro Aliança Brasil-EUA: nova história do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Tomando como objeto de análise a documentação da Comissão Mista de Defesa Brasil-Estados Unidos em Washington e no Rio de Janeiro. Ressaltou a importância do acervo documental que teve acesso no Arquivo Nacional de Maryland para as descobertas de novos aspectos da história da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Dennison Oliveira — foto: Mariana Guimarães
Publicado em Sábado, 22 Agosto 2015 09:45A terceira sessão do Diplomacine, dentro do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, trouxe Márcio Bokel, montador e roteirista do filme Senta a Pua, documentário que aborda o papel do primeiro grupo de aviação de caça, que atuou na Força Expedicionária Brasileira, no teatro de operações italiano.
Prof. Petrochi e Márcio Bokel — foto: Mariana Guimarães
Bokel contou em detalhes os relatos dados por pilotos do grupo de caça. Ele mostrou aos presentes certas características do dia a dia daqueles aviadores durante o conflito, não somente no que se refere às suas técnicas e às aeronaves utilizadas, mas em especial ao fator humano, suas apreensões, o convívio, as perdas e as memórias.
Bokel também revelou pormenores técnicos preciosos em relação à escolha das imagens históricas que compuseram a obra, como os vídeos feitos a partir de câmeras instaladas nos aviões, recuperadas em bases brasileiras e nos Arquivo Nacional dos Estados Unidos, e fotografias raras obtidas ao longo da produção do documentário.
A obra ganhou os prêmios de melhor filme e montagem no festival de Cinema de Natal e de melhor filme no festival da Amazônia. As sessão foi moderada pelos professores Renato Petrocchi e Vágner Camilo Alves.
Publicado em Quarta, 19 Agosto 2015 21:30Por Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal INEST
O Simpósio Internacional: O Brasil na Segunda Guerra contou nesta quarta-feira, 19 de agosto, com a mesa Política Externa Brasileira. Moderada pelo professor Eduardo Heleno, a mesa contou com a participação dos palestrantes Fábio Koifman, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Alexandre Luis Moreli Rocha Fundação Getúlio Vargas (FGV-CPDOC) e João Baptista de Abreu Júnior , da UFF.
João Baptista de Abreu Júnior, Alexandre Moreli, Eduardo Heleno e Fábio Koifman — foto: Mariana Guimarães
O professor Fábio Koifman tratou do tema Política imigratória brasileira e a Segunda Guerra Mundial, contextualizando desde as políticas de branqueamento promovidas pelo Estado Novo, até as restrições migratórias impostas pela entrada do Brasil na guerra. Koifman chamou atenção ao fato da emissão e controle do visto ter passado do Ministério das Relações Exteriores para o Ministério da Justiça após o início do conflito e o consequente aumento do número de refugiados.
A seguir, tomou a palavra o pesquisador Alexandre Moreli que abordou sobre a importância estratégica do espaço Atlântico na Segunda Guerra Mundial e a necessidade de se entender o conflito de interesses existente nesta região. Ele ressaltou a relação entre Portugal, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Brasil para a proteção do mar interior e das ilhas portuguesas que gerou uma cooperação competitiva, principalmente entre os britânicos e americanos.
O palestrante João Baptista trouxe para o debate o papel do rádio e da propaganda na guerra psicológica. Com o título O rádio, a Segunda Guerra Mundial e a batalha sonora do Brasil deu ênfase às transmissões feitas tanto pelos Aliados como pelo Eixo no território brasileiro, tendo como objetivo o esforço de guerra. Trouxe um áudio para exemplificar como era feita a difusão de informações na rádio no período de conflito.
Vágner Camilo Alves, foto de Mariana Guimarães
Após o término da mesa da tarde, aconteceu a última atividade do dia, a Conferência Uma análise estrutural sobre o envolvimento brasileiro na Segunda Guerra Mundial, ministrada pelo Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estrtégicos (PPGEST) professor Vagner Camilo. O pesquisador afirmou que „Nada mais falso do que a visão de Getulio Vargas ter escolhido o lado que iria colaborar na guerra”, enfatizando a necessidade de se analisar como o sistema internacional trouxe o Brasil para dentro do conflito.
Por Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal INEST
Na manhã de quarta-feira, 19 de agosto, teve início a programação do terceiro dia do Simpósio Internacional: „O Brasil na Segunda Guerra” com a exibição do filme de ficção “A Estrada 47” pelo Diplomacine, cineclube do curso de Relações Internacionais da UFF. A sessão contou com a participação do diretor do filme, Vicente Ferraz, para um debate.
O filme „A Estrada 47″ foi produzido em 2014 e estreou em 2015, já faturando o prêmio de melhor filme no Festival de Gramado. A trama narra a história de soldados brasileiros da FEB no front italiano que se perderam de seus postos na montanha após uma explosão e passam a ser vistos como possíveis desertores. Para mudar esse quadro, eles decidem dizimar a famosa estrada 47. Mais que isso, trata dos temores e medos dos pracinhas que foram à guerra despreparados, relatando suas vivências, muitas vezes de pânico, e a necessidade de serem vistos como heróis por suas famílias.
O diretor Vicente Ferraz e o professor Gabriel Passetti — foto: Mariana Guimarães
O diretor Ferraz afirma que por ter sido da geração do final da ditadura civil-militar, não tinha interesse em abordar o exército. Contudo, com o tempo, reviu a experiência e passou a ver a atuação da FEB na Segunda Guerra Mundial como um exército que lutava pela democracia, contra as forças fascistas.
É importante ressaltar que o episódio da Estrada 47 não existiu na realidade, foi uma história criada para refletir sobre o papel da FEB e da guerra. O contato com os ex-combatentes e com a comunidade italiana, além das cartas dos jovens soldados da FEB foram fundamentais para a humanização do filme. „Este filme é um tributo aos jovens brasileiros que arriscaram suas vidas pela democracia e pela república”, relata Vicente.
Publicado em Terça, 18 Agosto 2015 20:31Por Andres Peñaloza e Manuela Melani, do Cosmopolítico, especial para o Portal do INEST
Dando continuidade à programação de terça-feira, 18 de Agosto, do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, o professor Adriano de Freixo abriu a segunda mesa do evento, Movimentos Sociais e Políticos. O debate contou com a participação de Alexandre Fortes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, (UFRRJ), Francisco Carlos Palomanes Martinho da Universidade de São Paulo,(USP) e Luís Edmundo de Souza Moraes, também da UFRRJ.
O professor Fortes iniciou sua fala mostrando como a guerra afeta as relações sociais num país, tratando do caso específico do Brasil. No país, ocorreram intensos sociais anti-Eixo entre os anos de 42 e 45 que estabeleceram condições para uma ruptura nas relações e a possibilidade da consolidadão de projetos reformistas. A formação da classe trabalhadora foi acelerada pela guerra por mais que os campos de batalha estivessem distantes da realidade brasileira.
O professor Francisco Carlos Palomanes inicialmente abordaria o tema da crise e continuidade do Salazarismo na Segunda Guerra, porém, tomou a liberdade de focar em como a Segunda Guerra influenciou o processo de descolonização portuguesa, ainda no governo de Salazar.
Francisco Carlos Palomanes Filho, Luiz Edmundo de Souza Moraes, Adriano de Freixo e Alexandre Fortes, foto: Mariana Guimarães
Por último, o professor Moraes apresentou o tema O Partido Nazista no Brasil, as colônias alemãs e o Estado Brasileiro especificando como o partido nazista realmente funcionava no Brasil, desmistificando a teoria da quinta coluna. Segundo o pesquisador, o partido nazista se constituiu de forma descentralizada, não necessariamente dentro das colonias alemães, como afirmava o artigo „Nazistas no exterior” publicado no New York Times naquela época. Apesar dos dados empíricos, o mito da quinta coluna ainda é forte, relata Luís Edmundo.
António Duarte — foto: Mariana Guimarães
Apos o encerramento da mesa, o professor português António Paulo David Silva Duarte, do Instituto de História da Universidade Nova de Lisboa, proferiu uma conferência intitulada Portugal na Segunda Guerra Mundial: da Neutralidade a Co-beligerância. Duarte focou sua apresentação na geopolítica de Portugal na Segunda Guerra e como a Grã-Bretanha afetou sua estratégia. Alem disso, ressaltou a neutralidade do pais ibérico em suas diversas etapas, visando manter o status quo da península, mantendo a Espanha como aliada para evitar relações com o Eixo.
Publicado em Terça, 18 Agosto 2015 20:00Por Manuela Melani e Andres Peñaloza, do Cosmopolítico, especial para o Portal INEST
No segundo dia do simpósio „O Brasil na Segunda Guerra”, na terça-feira de manhã, 18 de agosto, foi apresentado o filme „Caminho dos heróis”, do diretor e músico João Barone (baterista dos Paralamas do Sucesso), que também esteve presente para a apresentação e debate após a sessão.
O documentário, produzido pelo History Channel, mostra a viagem da equipe de Barone pela Itália, seguindo o caminho feito pela batalhão de soldados da FEB, desde a entrada do Brasil na guerra, em agosto de 1942. Dirigindo réplicas dos mesmos carros de guerra que os pracinhas usaram naquela época (incluindo o avô de Barone), a equipe passa por todas as cidades percorridas pela missão brasileira, visitando os monumentos, memórias e ex– combatentes italianos e brasileiros, recolhendo testemunhos das conquistas e derrotas da FEB.
O músico e diretor João Barone, entusiasta e pesquisador sobre a FEB, ao lado dos alunos do INEST
Além da passagem do batalhão e o recolhimento dos fatos históricos, é marcante a presença e herança brasileira em terras italianas, sobretudo nas pequenas comunidades, onde a guerra não foi apenas um motivo de cooperação bélica, mas também de convívio diários, e que felizmente tiveram um resultado muito positivo, em ambos os lados. É notável a ação dos soldados brasileiros em comparação com os anglo-saxões, pois aqueles são lembrados pela sua sensibilidade e proximidade com os povos das cidades por onde passavam, dividindo alimentos e remédios. Tal fato é comprovado pela existência de museus e locais homenageando os feitos da FEB na Itália, a exemplo de Montese.
Barone esclareceu que utiliza de sua posição como musico do Paralamas do Sucesso para chamar atenção ao assunto e ressaltar a importância de se estudar a presença da FEB no front italiano não como um episódio secundário. O diretor afirmou que a motivação para a produção do documentário veio de sua vivencia pessoal e interesse pelo tema, alem da necessidade de esclarecer e perpetuar a memória da participação da FEB na guerra. O professor Vagner Camillo encerrou o debate resumindo a exibição „Mostra o que os livros escrevem, alem de dar a dimensão humana ao episodio”.
Como parte da programação do primeiro dia do Simpósio Internacional O Brasil na Segunda Guerra, após a conferência de abertura, teve início a primeira mesa com o tema Cultura e Política, moderada pelo coordenador do evento, professor Gabriel Passetti. A mesa foi composta por Orlando de Barros, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Michel Gherman, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e Vinícius Mariano de Carvalho, do King’s College de Londres.
O professor Orlando de Barros iniciou sua fala abordando a presença dos grandes artistas na Segunda Guerra Mundial e seus papéis de entreter os soldados e amenizar as dificuldades inerentes ao conflito. Partindo dai, tratou da Guerra dos artistas (título de seu mais recente livro) e de como estes foram fundamentais no esforço da guerra e nas Cantinas dos Combatentes, local onde os soldados confraternizavam, acrescentando que a arte exaltava o patriotismo.
A seguir, tomou a palavra o palestrante internacional Michel Gherman, que falou sobre Holocausto, testemunho e memória em terras brasileiras. Por meio de uma análise comparativa da imagem do sobrevivente do Holocausto e do soldado judeu combatente, e do uso de duas figuras importantes, Aleksander Laks e Salomão Malina, estabeceleu a existência de duas guerras paralelas, Segundo ele, na memória política, a presença mais forte é a da vítima do extermínio. É pouco conhecido o fato de 40 judeus brasileiros terem lutado na FEB (Força Expedicionária Brasileira), enquanto que a história das vitimas judias da Segunda Guerra Mundial é exacerbada.
Michel Ghermann, Gabriel Passetti e Vinícius Mariano de Carvalho — foto: Mariana Guimarães
O professor Vinícius Mariano de Carvalho, do Brazil Institute, concluiu a sessão, caracterizando a produção artística como muito presente entre os pracinha da FEB. Utilizando recursos audiovisuais, apresentou diversos poemas e músicas que retratavam a experiência desses combatentes brasileiros na guerra e sua vivência dentro desta comunidade.
Uma interessante frase pode servir para concluir o tema Cultura e política: entender a memória da guerra como resistência, e não como trauma; resistência desde o ponto de vista do papel dos judeus como soldados de guerra, como herois e não como vítimas, e também a música, o teatro e a poesia como resistência aos terrores da guerra.
Postado por INEST em 17/ago/2015 -
Por: Gilson Carvalho
O Simpósio Internacional „O Brasil na Segunda Guerra”, promovido pelo Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF), foi aberto nesta segunda-feira, 17 de agosto, no Campus do Gragoatá. A mesa de abertura foi composta pelos professores Eurico de Lima Figueiredo, diretor do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST/UFF), Vagner Camilo Alves, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST), Thiago Rodrigues, chefe do departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, e Gabriel Passetti, coordenador do evento.
Professsores do INEST: Vagner Camilo Alves, Eurico de Lima Figueiredo, Gabriel Passetti, Thiago Rodrigues e Fernando Roberto de Freitas Almeida – Foto de Mariana Guimarães
Após saudar a platéia, agradecer os esforços de toda a comissão organizadora e demais colaboradores e desejar êxito a todos os participantes, o professor Eurico Figueiredo passou a palavra ao professor Antonio Pedro Tota, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), que proferiu a conferência de abertura. Intitulada “Américas em Guerra! Aliança Cultural Brasil-EUA”, mostrou como o governo do presidente Franklin Roosevelt criou um aparato ideológico para conquistar corações e mentes dos brasileiros, de modo a mantê-los como aliados dos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Partindo de teorias desenvolvidas por pesquisadores e intelectuais como Luís da Câmara Cascudo e Oswald de Andrade, e buscando contrapor ideias de José Ramos Tinhorão, Moniz Bandeira e Gerson Moura, que denunciavam a subordinação da cultura brasileira à americana, examinou documentos – inclusive áudios-visuais, encontrados em centros de pesquisa como o National Archives e a Biblioteca do Congresso, em Washington, e a Roosevelt Library em Nova York, entre outros.
Prof. Antonio Pedro Tota — Foto de Mariana Guimarães
Tota percebeu, ao final da pesquisa, que Tinhorão, Bandeira e Moura estavam certos, mas só parcialmente. As conclusões podem ser conferidas em seu livro “O Amigo Americano — Nelson Rockfeller e o Brasil”, que relata como o magnata americano aproximou-se do país quando se tornou chefe do Office of Inter-American Affairs, a agência para assuntos interamericanos dos Estados Unidos, que trouxe Orson Welles e Walt Disney para o Brasil, e mandou Carmen Miranda para os Estados Unidos, e que será lançado será lançado na terça-feira, 18 de agosto, às 18h.
O Simpósio prossegue ao longo da semana, com conferências, mesas-redondas, mostra de filmes e lançamento de livros. A programação completa pode ser consultada aqui.
Postado por INEST em 15/maio/2015 -
“As Operações de Paz e o Brasil” foi o tema da palestra que o professor e pesquisador Vinicius Mariano de Carvalho ministrou no dia 14 de maio, no Campus do Gragoatá. O evento foi organizado dentro da cooperação acadêmica entre a Universidade Federal Fluminese e o King´s College, de Londres, Reino Unido, e teve como moderador o professor Luiz Pedone, coordenador do Laboratório Defesa e Política[s], do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST). Também participaram Elisa Checcacci, Gerente de Recrutamento Internacional do King’s College, e Jacqueline Wilkins, cônsul honorária do Reino Unido em Ribeirão Preto, que apresentaram um painel de oportunidades para intercâmbio em cursos de graduação e pós-graduação.
Desde a década de 1940 o Brasil tem se engajado em ações de paz em todo o mundo, e a mais relevante delas, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) – que tem comando brasileiro, completou dez anos em 2014. Segundo Carvalho, um dos grandes desafios que o país terá de enfrentar será não só se manter relevante nesse cenário, como ampliar as ações e transcender as questões militares.
Para ele, uma questão importante é se já há o desenvolvimento de um pensamento civil brasileiro que possa ser aplicado conjuntamente às iniciativas militares. “O Brasil mostrou-se muito bem sucedido no contato com as populações civis e esse sucesso não pode ser creditado somente às questões culturais”, afirma. Carvalho acredita que esse conhecimento, esse “jeito brasileiro” poderá ser exportado e utilizado em futuras intervenções.
Outra hipótese é a possibilidade de o país propor a criação de uma força de paz marítima, baseada no êxito que obteve no comando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil), em que comanda tropas de diversos países, como Alemanha, Bélgica e Itália.
Concluindo, o pesquisador disse que as universidades são um espaço privilegiado para debates sobre o tema, cada vez mais importante diante do cenário internacional de conflitos, desastres e migrações.
Postado por INEST em 13/abr/2015 -
O professor Vágner Camilo Alves, coordenador do Programa de Pós Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST), esteve, nos dias 8 e 9 de abril, no Instituto da Defesa Nacional (IDN), em Lisboa, Portugal.
Ele realizou, como conferencista convidado, uma palestra para o workshop „O Poder dos Pequenos e Médios Estados na Grande Guerra: comparação Portugal-Brasil” e outra para o Grupo de Estudos Relações Portugal-Brasil.
A primeira exposição teve como tema „O papel do Brasil nas duas Guerras Mundiais” e a segunda, „O papel do Brasil no Sistema de Segurança Global no Século XX”.
O workshop contou com a assistência de pesquisadores brasileiros e portugueses que apresentaram trabalhos sobre os diversos aspectos da atuação de Portugal na Grande Guerra, mostrando, dessa maneira, o panorama da produção científica local a respeito da história militar e dos estudos estratégicos. No grupo de estudos, o debate de alto nível contou com a participação de embaixadores, militares de alta patente e acadêmicos sêniores daquele país.
O workshop e o grupo de estudos foram organizados pelo IDN em parceria com os institutos de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Prof. Bruno Cardoso Reis (IDN), prof. Vágner Camilo Alves (INEST-UFF), general Vitor Viana (diretor do IDN) e prof. António Paulo Duarte (IDN)
Postado por INEST em 30/mar/2015 -
“Estudos Estratégicos e América do Sul: Geopolítica e Integração Regional”, foi o tema do colóquio realizado no dia 30 de março, no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST-UFF), com o professor Andres Rivarola Puntigliano, do Instituto da América Latina da Universidade de Estocolmo, Suécia
Especializado em Política Externa, Geopolítica, Regionalismo e Desenvolvimento Econômico, América Latina e Caribe, Puntigliano falou para um grupo de mestrandos e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST).
O colóquio teve a moderação do professor Luiz Pedone Coordenador do Laboratório Defesa e Política[s]- INEST-UFF.
Postado por INEST em 06/nov/2014 -
O historiador norte-americano Frank McCann proferiu palestra sobre as relações Brasil-Estados Unidos na época do régime militar, no último dia 3 de novembro, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), no campus do Gragoatá.
Intitulada “Relations during military years ended the U.S.-Brazil Alliance” a palestra apresentou um panorama das relações entre as duas nações, com ênfase no período da ditadura brasileira (1964−1985).
Docente da Universidade de New Hampshire, McCann atuou como professor visitante durante um mês no Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST), do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST), onde ministrou, juntamente com o professor Adriano de Freixo, a disciplina Teoria e Análise das Relações da Defesa e da Segurança II, McCann é profundo conhecedor do assunto, tem de dois de seus livros: “Soldados da Pátria – História do Exército brasileiro 1889 – 1937” (Companhia das Letras) e “Aliança Brasil-Estados Unidos: 1937−1945” (Bibliex).
Postado por INEST em 04/nov/2014 -
O Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST-UFF) realizou, no último dia 31 de outubro, a 2ª Jornada Latino-americana de Direito, Sociedade e Cultura da ILADISC. Participaram da abertura os professores Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST, Eduardo Val, do Programa de Pós-Graduação em Direito Civil (PPGDC– UFF), Elian Araújo da Mckenzie –Rio, e Fernando Roberto de Almeida, do INEST-UFF.
A Iniciativa Latino-Americana de Direito, Sociedade e Cultura é um projeto regional de mestres e doutores que tem como objetivo ser um catalisador de ações que proporcionem aos profissionais, universidades, ONGs, empresas e pessoas a troca de experiências e a exposição de ideias dentre interesses comuns, como forma de desenvolvimento, assim como fomentar o conhecimento mútuo da região. Conta com participantes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Peru, Portugal e Uruguai.
Organizado em seis painéis, com temas como Integração Regional, Direitos Humanos, Relações Internacionais, Educação e Meio Ambiente, entre outros, a Jornada atraiu pesquisadores e professores, além de estudantes de graduação e pós-graduação da UFF e de outras instituições.
No encerramento, o coordenador do mestrado do Instituto Tecnológico de Medellín, Colômbia, Francisco Luis Giraldo Gutiérrez, demonstrou seu entusiasmo com o evento e com o anúncio da realização, em 2015, do Encontro Latino Americano de Direito, Sociedade e Cultura, também pelo INEST-UFF
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Postado por INEST em 01/nov/2014 -
O I Encontro Brasileiro de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais — EBERI I, reuniu, de 24 a 27 de novembro, no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST-UFF), pesquisadores, professores, estudantes e outros interessados no assunto. Coordenado pelo Prof. Márcio Rocha, o encontro teve como objetivo „estimular e contribuir para o fortalecimento dos estudos, pesquisas e debates sobre temas relacionados aos estudos estratégicos, à defesa e à segurança internacional.”
Ao longo de quatro dias, foram apresentadas três conferências, cinco mesas-redondas, quinze grupos de trabalho e nove pôsteres, além do lançamento de livros.
Participaram da cerimônia de abertura, o Prof. Titular Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST-UFF e o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que proferiu conferência intitulada „Relações Internacionais no Mundo Contemporâneo.”
Na mesma ocasião, foi prestada uma homenagem ao Prof. Waldimir Pirró e Longo, pelos seus 80 anos de vida e quase 60 de atividade profissional. Um vídeo mostrou sua brilhante carreira que começou em 1955, na Academia das Agulhas Negras (AMAN), onde se tornou oficial do Exército, até sua atuação como docente no Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (PPGEST-UFF).
Uma das mesas-redondas mais significativas teve como tema „Os Estudos Estratégicos: O Estado da Arte”, que reuniu todos os presidentes da Associação Brasileira de Estudos da Defesa (ABED): João Roberto Martins, Samuel Alves Soares, Eurico de Lima Figueiredo, e o atual, Alexandre Fuccile.
Além de participarem de diversos grupos de trabalho, os alunos de graduação apresentaram pôsteres, com temas como „A Escassez de Água nas Relações Internacionais”, „A Presença das Mulheres nas Forças Armadas e em Ações de Guerra”, e „Israel: A Construção de um Estado Moderno”, entre outros.
Dois livros foram lançados durante o EBERI: „África no Mundo Contemporâneo”, organizado pelo prof. Jonuel Gonçalves, do PPGEST-UFF, e „Genealogia das Revoluções”, de Ubirajara Carvalho da Cruz, da UNIFA.
Outras conferências tiveram como tema „O Oriente Médio em Transformação: O Novo Mapa de Poder e a Reconstrução da Ordem Regional,” pelo Prof. Hussein Calout, do IESB-BR, e „Os Estudos Estratégicos e as Relações Internacionais”, pelo Prof. Williams Gonçalves, da UERJ, que encerrou o evento.
Postado por INEST em 30/out/2014 -
O historiador norte-americano, docente da Universidade de New Hampshire, apresenta debate sobre as relações Brasil-Estados Unidos na época do régime militar. Inscrições podem ser feitas aqui.
Postado por INEST em 26/out/2014 -
Marcelo Gullo, cientista político, professor da Universidade de Lanús e da Escola de Superior de Guerra Argentina proferiu palestra no último dia 23 de outubro, no auditório do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), quando apresentou seu mais recente livro, “A Teoria da Insubordinação Fundadora: Breve História da Construção do Poder das Nações.” O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos Estratégicos Avançados (NEA), do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST-UFF).
Publicado pela Editora Insular, o livro de 200 páginas e prefácio de Hélio Jaguaribe, mostra de que forma, países periféricos, no passado, como Estados Unidos, Alemanha, Japão e China deixaram essa condição e tornaram-se autônomos e importantes interlocutores internacionais independentes. Além disso, discute como a América do Sul, aproveitando as oportunidades, poderá superar sua condição de região periférica e conquistar status semelhantes àquelas nações.
Além de apresentar sua teoria aos alunos e professores do INEST, falando do processo de desenvolvimento vivido por diversas nações desde o final do século XV até a contemporaneidade, valendo-se de um sistema de categorias analíticas – limiar de poder, estrutura hegemônica, subordinação ideológica, insubordinação fundadora, Gullo ressaltou a necessidade de as nações latino-americanas se unirem para dar o salto de crescimento e tornaram-se autônomos e importantes interlocutores internacionais independentes.
Postado por INEST em 17/out/2014 -
Postado por INEST em 17/set/2014 -
O INEST sedia a II Jornada da Iniciativa Latino-americana de Direto, Sociedade e Cultura
Veja abaixo a programação. As inscrições podem ser feitas nesse link.
Postado por INEST em 16/set/2014 -
Com o auditório lotado, o embaixador George Edward Moose palestrou para os alunos do INEST nessa segunda, 15 de setembro. A apresentação teve como tema o papel dos países emergentes na promoção global dos Direitos Humanos.
Moose começou a palestra agradecendo a recepção feita pelos alunos. Ao longo de sua fala, ele destacou as possibilidades e desafios dos países emergentes e democráticos como o Brasil, Índia, Indonésia e Turquia na promoção dos direitos humanos dentro das Nações Unidas. O diplomata ressaltou a importância da difusão dos valores democráticos como essenciais para a defesa dos Direitos Humanos.
A sessão foi moderada pelo professor Luiz Pedone e contou com ampla participação dos alunos, professores e pesquisadores que debateram e perguntaram sobre diversos aspectos relacionados à promoção dos Direitos Humanos, entre eles, a política norte-americana para o Oriente Médio, o papel das potencias democráticas emergentes (DEPs, em inglês), e os desafios futuros do Sistema Internacional de Direitos Humanos.
Em sua carreira na diplomacia, Moose foi embaixador no Benim e no Senegal. Ele também foi indicado como Secretário Assistente para Assuntos Africanos no Departamento de Estado, no período Clinton.
O embaixador é atualmente Vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto Norte-Americano para Paz.
O evento, realizado no auditório do Núcleo de Biomassa, foi organizado pelo Consulado Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, pelo Laboratório de Defesa e Política(s) do Núcleo de Estudos Estratégicos Avançados do INEST.
Postado por INEST em 09/set/2014 -
Na última sexta-feira, dia 6 de março, o Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF) recebeu a visita de pesquisadores da Universidade de Michigan, Estados Unidos.
A visita fez parte da iniciativa intitulada „2015 International Economic Deve-lopment Program (IEDP) policy research trip to Brazil „, da International Po-licy Student Association (IPSA), que trouxe ao INEST alunos de mestrado em Políticas Públicas da Gerald R. Ford School of Public Policy da University of Michigan — Ann Arbor, acompanhados do Professor Melvyn Levitsky, ex-embaixador dos EUA no Brasil entre 1994 e 1998.
O grupo foi recepcionado pelo Professor Luiz Pedone, coordenador do Laboratório Defesa e Política[s], que fez uma breve explanação sobre o INEST e sobre os trabalhos Políticas Públicas do Laboratório, seguido de duas apresentações das alunas do INEST Mariana Guimarães de Silveira, que falou sobre o programa Morar Carioca, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e Bárbara Dutra Ottero, que apresentou avaliação do projeto da Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Postado por INEST em 06/set/2014 -
O Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF) realizou, no último dia 5 de setembro, o Workshop Internacional “Defence, Science & Technology, and International Politics,” no Núcleo de Estudos em Biomassa e Gerenciamento de Àguas (NAB), no Campus da Praia Vermelha.
O evento foi organizado pelo Laboratório Defesa e Política[s], vinculado ao Núeleo de Estudos Estrategicos Avançados (NEA) do INEST. Seu coordenador, prof. Luiz Pedone, foi o mediador do evento, que foi aberto pelo prof. Eurico Figueiredo, diretor do INEST. Na platéia, estavam alunos de pós-graduação, gradução, pesquisadores e interessados no assunto.
Foram discutidos temas rrelacionados a Defesa, políticas de aquisição e emprego de material de defesa; Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Defesa; Políticas de transferência de tecnologia e Políticas industriais no âmbito da política internacional e política doméstica.
O workshop teve a participação do Prof. Gunnar Hult, chefe do Department of Miliitary Technology do Sweden National Defence College (Estocolmo), da Dra. Helene Masson, pesquisadora senior da Foundation pour la researche strategique (Paris) e do Pesquisador Aureliano Da Ponte, da Escuela Superior de Guerra (Buenos Aires).
Entre os membros do Laboratório Defesa e Política[s], contribuíram os professores Waldimir Pirró e Longo, William Moreiara, Alex Jobim e Vitélio Brustolin.
Postado por INEST em 22/ago/2014 -
Na última quinta-feira, dia 21 de agosto, o Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF) recebeu a visita da Adida Cultural Jessica Simon e do Especialista Sênior em Assuntos Culturais Victor G.M. Tamm, do Consulado Geral Americano no Rio de Janeiro.
Os diplomatas foram recepcionados pelo professor Eurico de Lima Figueiredo, diretor do INEST e pelo professor Luiz Pedone, coordenador do Laboratório Defesa e Política[s]. O encontro serviu para discutir o evento que será realizado no dia 15 de setembro, quando o Embaixador George Moose, do Instituto de Direitos Humanos do Governo dos Estados Unidos, proferirá uma palestra na UFF.
A visita serviu ainda para estabelecer um contato mais permanente entre o INEST e o consulado americano no Rio, visando a uma cooperação acadêmica mais intensa entre as duas instituições.
Postado por INEST em 30/maio/2014 -
Será lançado neste sábado, 31 de maio, pela Mayamba Editora, o livro A Economia de Angola nos Espaços Austrais, de autoria do professor Jonuel Gonçalves, do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF (INEST/UFF). O lançamento se dará através de uma entrevista ao vivo para o programa radiofônico Bom Dia Bom Dia, de Mateus Gonçalves, da Luanda Antena Comercial – LAC, direto da capital angolana, às 6h (hora de Brasília).
Jonuel Gonçalves é economista e professor universitário. Colunista no caderno de economia do semanário luandense Novo Jornal, dá aulas na graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, Rio de Janeiro.
Pela Mayamba publicou, entre outros, A Economia ao longo da História de Angola (história breve da Economia de Angola) e Franco Atiradores – informal e espontâneo nas vias de abertura em Angola (uma história de Angola – da clandestinidade dos anos 50 às eleições de 2008) e Relato de Guerra Extrema – seguido de Fragmentos de outros extremos (romance). Organizou o livro coletivo Atlântico Sul XXI — África Austral e América do Sul no novo milênio, editado pela Unesp (São Paulo), além de ter participado em outros livros de grupos de pesquisa publicados em Dakar (Senegal), Port Louis (Ilhas Mauricio), Paris e Lisboa.
Postado por INEST em 05/maio/2014 -
“Brazil and the World: Strategy and Foreign Policy” foi o tema do debate que contou com a participação do professor Luiz Pedone, do INEST-UFF, no dia 25 de abril„ no The Graduate Center da City University of New York (CUNY), em Nova Iorque, Estados Unidos.
Organizado pela pesquisadora Jacqueline Braveboy-Wagner, do The Graduate Center and City College of New York, o evento teve em sua platéia alunos de graduação e pós-graduação, além de professores e pesquisadores que têm o Brasil e sua política externa como objetos de estudos.
Postado por INEST em 14/mar/2014 -
O Instituto de Estudos Estratégicos recebeu na última sexta-feira, 14/03, o Professor Martin Lundmark, diretor de Análise de Defesa da Agência Sueca de Pesquisa de Defesa. Ele proferiu palestra intitulada “Military Research & Development in Sweden and in Brazil”, mediada pelo Professor Luiz Pedone, do Laboratório de Políticas Públicas e Defesa (LabDef). As pesquisas do LabDef podem ser acessadas no site www.defesaepoliticas.uff.br
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Postado por INEST em 15/nov/2013 -
No dia 12 de novembro, o professor German Soprano ministrou, na sala Renné Dreifuss, a palestra A Política de Defesa Nacional na Argentina na democracia (1983−2013).
Ao longo de sua apresentação, Soprano – que é pesquisador do Conselho Nacional de Investigação Científica e Técnica (CONICET) e docente das Universidades Nacionais de La Plata e Quilmes — listou as principais leis e decretos elaborados pelo Congresso e pela Presidência argentinos e como esses instrumentos jurídicos influiram diretamente nas relações civis e militares em seu país. Ele também fez uma reflexão sobre os desafios da Argentina no que tange à adequação das Forças Armadas e à política de Defesa Nacional.
O professor German Soprano em sua apresentação.
O evento, que contou com a participação dos docentes do INEST e dos alunos do mestrado do PPGEST, teve apoio do Projeto Sistema Brasileiro de Defesa (Sisdebras).