Postado por INEST em 17/ago/2015 -
Por: Gilson Carvalho
O Simpósio Internacional „O Brasil na Segunda Guerra”, promovido pelo Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST/UFF), foi aberto nesta segunda-feira, 17 de agosto, no Campus do Gragoatá. A mesa de abertura foi composta pelos professores Eurico de Lima Figueiredo, diretor do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST/UFF), Vagner Camilo Alves, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST), Thiago Rodrigues, chefe do departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, e Gabriel Passetti, coordenador do evento.
Professsores do INEST: Vagner Camilo Alves, Eurico de Lima Figueiredo, Gabriel Passetti, Thiago Rodrigues e Fernando Roberto de Freitas Almeida – Foto de Mariana Guimarães
Após saudar a platéia, agradecer os esforços de toda a comissão organizadora e demais colaboradores e desejar êxito a todos os participantes, o professor Eurico Figueiredo passou a palavra ao professor Antonio Pedro Tota, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), que proferiu a conferência de abertura. Intitulada “Américas em Guerra! Aliança Cultural Brasil-EUA”, mostrou como o governo do presidente Franklin Roosevelt criou um aparato ideológico para conquistar corações e mentes dos brasileiros, de modo a mantê-los como aliados dos americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Partindo de teorias desenvolvidas por pesquisadores e intelectuais como Luís da Câmara Cascudo e Oswald de Andrade, e buscando contrapor ideias de José Ramos Tinhorão, Moniz Bandeira e Gerson Moura, que denunciavam a subordinação da cultura brasileira à americana, examinou documentos – inclusive áudios-visuais, encontrados em centros de pesquisa como o National Archives e a Biblioteca do Congresso, em Washington, e a Roosevelt Library em Nova York, entre outros.
Prof. Antonio Pedro Tota — Foto de Mariana Guimarães
Tota percebeu, ao final da pesquisa, que Tinhorão, Bandeira e Moura estavam certos, mas só parcialmente. As conclusões podem ser conferidas em seu livro “O Amigo Americano — Nelson Rockfeller e o Brasil”, que relata como o magnata americano aproximou-se do país quando se tornou chefe do Office of Inter-American Affairs, a agência para assuntos interamericanos dos Estados Unidos, que trouxe Orson Welles e Walt Disney para o Brasil, e mandou Carmen Miranda para os Estados Unidos, e que será lançado será lançado na terça-feira, 18 de agosto, às 18h.
O Simpósio prossegue ao longo da semana, com conferências, mesas-redondas, mostra de filmes e lançamento de livros. A programação completa pode ser consultada aqui.