Postado por INEST em 19/set/2025 -
O embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, recebeu nesta quarta-feira, 17/09, o título de doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Fluminense. O reconhecimento foi fruto da indicação do Instituto de Estudos Estratégicos, por parte do professor Eurico de Lima Figueiredo, indicação esta aprovada pela unanimidade do colegiado superior do INEST. A proposta foi apresentada pelo diretor da unidade, professor Vágner Camilo Alves e aprovada pelo Conselho Universitário em 7 de maio deste ano.

Em destaque, o professor Eurico de Lima Figueiredo, propositor do título. (Créditos: Uffoficial)
A cerimônia foi presidida pelo reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, e a mesa solene contou com a presença do vice-reitor Fabio Passos, do fundador e primeiro diretor do INEST, professor Eurico de Lima Figueiredo e pelo diretor do INEST, professor Vágner Camilo Alves.

A comunidade acadêmica compareceu em peso ao auditório do bloco F, no campus do Gragoatá. Entre os presentes, estavam o ex-reitor da UFF, professor Roberto Salles, o embaixador José Maurício Bustani e a professora Beatriz Bíssio, que integram o conselho acadêmico do INEST, além de várias autoridades, docentes, discentes e servidores da Universidade.


O embaixador Celso Amorim recebeu o ombrelone amarelo do vice reitor professor Fábio Passos. (Créditos: Uffoficial)

O diretor do INEST, professor Vagner Camilo, o embaixador Celso Amorim e o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega. (Créditos: Uffoficial)
Em seu discurso, o embaixador lembrou a primeira visita realizada ao INEST, em 2013, quando o Instituto estava iniciando suas atividades e ressaltou que o INEST “tem contribuído para a formação de profissionais que elevam a qualidade do debate nacional” nas áreas de Relações Internacionais e Estudos Estratégicos.
Ao longo de sua fala, Amorim destacou que o Brasil valoriza a América do Sul como zona de paz e apresentou exemplos de cooperação estratégica regional. Atribuiu à cooperação com a África não apenas um dever histórico, mas um imperativo de segurança. E em relação ao Atlântico Sul, defendeu o engajamento constante do Estado brasileiro.

O embaixador frisou que nunca viu uma situação internacional tão grave, com duas guerras simultâneas, no Oriente Médio e na Europa, com grande potencial de escalada. Além disso, sublinhou que a coerção econômica vem sendo utilizada sem disfarce como instrumento de pressão política. Recordou o compromisso do país com a paz e lembrou que o Brasil lançou, à margem da reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Grupo de Amigos da Paz. Amorim defendeu que “uma Defesa robusta é indispensável para a manutenção da soberania. Sem soberania não teremos democracia. Não há cidadão livre quando o Estado em que ele vive não é livre”. Além disso, a soberania é “indissociável da autonomia tecnológica”. Por fim, enfatizou o papel da Universidade na produção científica, e a UFF como caso exemplar.


Alunos da graduação em Relações Internacionais e da pós graduação em Estudos Estratégicos saúdam o novo doutor honoris causa da UFF. (Créditos: Uffoficial)

Em primeiro plano, o reitor da UFF, prof. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega com os professores do INEST e os diplomatas Alexandre Addor, Celso Amorim e José Maurício Bustani.
Créditos das imagens: Uffoficial e INEST